Twitter pode vir a ter uma versão paga

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

Segundo um artigo publicado pela Bloomberg, a rede social Twitter está a explorar opções de subscrição e até mesmo de pagamentos ocasionais, para reduzir a sua dependência da publicidade dirigida. As fontes da Bloomberg afirmam que estão a ser consideradas várias ideias, incluindo um sistema de subscrição designado “Rogue One”, o pagamento pela utilização da aplicação agregadora de feeds Tweetdeck ou por funcionalidades como a personalização avançada dos perfis.

A opção de pagamentos ocasionais pode permitir o pagamento de conteúdos especiais de contas que segue, como por exemplo artigos de opinião ou noticiosos especiais.

O responsável pelos produtos pagos do Twitter, Bruce Falck, admitiu à Bloomberg que a empresa está mesmo a considerar várias opções de pagamento, mas não especificou quais as opções ou quando poderão começar a funcionar. Segundo Falck, a empresa está à procura de opções para a obtenção de “receitas com durabilidade”, que não dependam das flutuações do mercado e que podem envolver subscrições de conteúdos específicos. No entanto, também referiu que a exploração destas opções está no início e não prevê que sejam uma fonte de receitas substancial em 2021.

A notícia sobre estas opções pagas, surge dias depois de ter sido anunciada a compra do serviço de criação de newsletters Revue pelo Twitter, que também poderá vir a ter um botão para a subscrição de newsletters, embora não haja qualquer indicação que essas newsletters venham a ser pagas.

O Twitter pode não ser a única rede social a vir a ter um sistema de subscrições. Embora o Facebook tenha afirmado sempre que, haverá sempre uma versão gratuita da rede social, mas nunca disse que nunca iria haver uma versão paga. A exploração de opções pagas pelo Facebook pode vir a ser uma realidade, por ser uma forma de contrariar a perda de receitas devido à funcionalidade que a Apple acrescentou ao sistema operativo iOS, que faz com que o utilizador tenha de dar permissão explícita, para receber publicidade baseada no seu histórico de buscas e navegação, vinda de sites, redes sociais ou outros serviços online.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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