Edinok quer democratizar a publicação de livros

Por: Mafalda Freire
Tempo de leitura: 4 min

Ana Leal, CEO e co-fundadora da Edinok, explica à PCGuia que a decisão de criar a empresa nasceu da experiência de «trabalhar no mercado editorial», que «permitiu perceber que há muitos autores que não conseguem publicar».

Assim, em conjunto com João Leal e Leonel Fonseca, criaram uma plataforma totalmente online para simplificar a publicação de livros e que dá «total liberdade e independência sobre o processo». Além disso, os fundadores também se aperceberam de que há «dificuldade em encontrar profissionais na área editorial» e que o «valor de mercado, a nível mundial, da autopublicação é elevado e tem crescido muito», existindo por isso uma oportunidade de negócio.

Inovar no mercado editorial
A empreendedora explica que a missão da Edinok é «democratizar a publicação de livros» e que tem «como objectivo último provocar uma disrupção no mercado editorial, conduzindo activamente a um novo paradigma em que são os autores os protagonistas e decisores da edição e não as editoras».

Assim, a startup disponibiliza «uma ferramenta em que os autores encontram profissionais e negoceiam com eles a execução dos serviços que pretendem (revisão, tradução, ilustração, realidade aumentada, paginação, ilustração, impressão, avaliação editorial), bem como a distribuição», serviço prestado pela própria Edinok «através de parcerias com empresas do mercado», revela Ana Leal.

Na prática, «os autores fazem os pedidos de orçamentos aos prestadores disponíveis na plataforma, que são previamente avaliados pela qualidade de serviço prestado, por outros autores ou pela própria startup». A qualidade e o cumprimento dos prazos são as grandes das preocupações da Edinok, que controla todo o processo. Caso um serviço «não tenha qualidade ou não cumpra os prazos», a startup atribui o serviço a outro prestador, garantindo ao autor a «boa execução», esclarece a co-fundadora.

Com este modelo que elimina as editoras, os autores poderão ver a sua fonte de rendimento aumentar já que são «os detentores dos direitos, tendo apenas de pagar uma comissão das vendas» aos distribuidores, passando a ter um «retorno de cerca de 40% em vez dos tradicionais 7%». Por outro lado, tendo em conta que quase todo o processo pode ser feito online, não há limites geográficos e é uma mais valia em alturas como a actual, em que o distanciamento social é regra.

Estratégia internacional
A plataforma da Edinok está disponível em cinco línguas – português, inglês, espanhol, francês e alemão – pelo que a potencial abrangência geográfica é grande. Portugal e os PALOP são os pontos de partida da startup, mas há planos para chegar a outros mercados como refere Ana Leal: «A Edinok tem como objectivo, durante o ano de 2020, captar prestadores de serviços em todas as línguas disponíveis e conseguir alguma projecção mediática na Europa, em especial em Espanha e em Inglaterra; África, em especial Angola e Moçambique; América do Norte e no Brasil. A prioridade a estes países justifica-se pela dimensão do mercado, proximidade cultural e conhecimentos privilegiados. Estamos nesta altura também, à procura de parceiros de negócio».

Em termos de equipa, a startup conta com cinco membros, mas as contratações serão «inevitáveis» para que a Edinok possa crescer «à medida que for enfrentando novas realidades noutros países», salienta a CEO.

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Jornalista da área de tecnologia B2C e B2B. Fã de tudo o que seja tech, especialmente o que está relacionado com automóveis e mobile. Além disso é apaixonada pelo universo do Star Wars.
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