Thunderbolt 3.0

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

Revelado durante o IDF (Intel Developer Forum) de 2009 com o nome Light Peak, mais tarde renomeado para Thunderbolt, esta ligação permitia a transferência de diversos tipos de dados (vídeo, rede e armazenamento) numa só ligação de banda larga entre dispositivos, que poderiam estar a vários metros de distância.
Para isso era utilizada uma ligação óptica, utilizando cabos de fibra óptica, que permitiam uma largura de banda inicial de 10 Gbps, mas que poderia, num futuro próximo, superar os 100 Gbps.
Infelizmente, esta solução era bastante dispendiosa e implicava a utilização de controladores e conversores de sinal muito complexos (e de grandes dimensões), tendo a mesma sido substituída por uma ligação mais tradicional, recorrendo a cabos de cobre que, ainda assim, conseguiam garantir a mesma velocidade, embora a distâncias significativamente mais curtas.
A adopção de uma ligação via cabo de cobre permitia inclusivamente que a mesma pudesse servir de alimentação do dispositivo, com uma potência máxima de 10 W, dispensando a utilização de uma alimentação externa para certos dispositivos.

Para Apple e restantes
Embora tenha sido desenvolvido inicialmente para o universo Apple, para substituir o Firewire, o Thunderbolt rapidamente migrou para o mercado dos computadores domésticos, tendo a segunda geração sido lançada originalmente num PC, e só depois adoptada pelos MacBook Pro lançados em 2013.
Face à geração original, o Thunderbolt 2.0 permitia a utilização de duas ligações de 10 Gbps, actuando como se tratasse de uma só a 20 Gbps, razão pelo qual utilizava os mesmos cabos e as mesmas ligações, idênticas às de portas Mini DisplayPort. Por ser compatível com a norma DisplayPort 1.2, isto significava que uma ligação Thunderbolt 2.0 permitia não só transferir um vídeo 4K, como reproduzi-lo ao mesmo tempo num monitor dedicado.

Formato universal
Só em 2015, com a chegada da terceira geração, é que assistimos a uma verdadeira adopção universal da ligação, não só por usar uma interface mais universal, compatível com o USB Type-C, bem como pelo facto de ser compatível com múltiplos monitores 4K (até dois monitores 4K a 60 Hz ou um a 4K a 120 Hz) e a utilização de cabos USB-C simples em distâncias curtas (até 50 cm).
Para distâncias superiores, ou para garantir que tira partido da largura de banda máxima disponível (40 Gbps), deverá usar cabos activos, que incluem controladores no seu interior para amplificação do sinal transferido. O segredo para se atingir estas velocidades está relacionado com a actuação dos controladores disponibilizados, que tiram total partido da enorme largura de banda disponibilizada pela interface PCI-Express, que dependendo do controlador, poderá usar duas ou quatro pistas PCIe.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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