Microsoft Surface Pro 7

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 4 min

Infelizmente, pouco. Externamente, a Microsoft continua a usar a velha política ‘em equipa que ganha, não se mexe’, ou seja, volta a recorrer a um corpo em alumínio com o apoio ajustável, encaixe na base para o opcional teclado/capa, e o já habitual ecrã táctil de 12,3 polegadas, de elevada resolução (2736 x 1824).

Este ecrã tem uma excelente qualidade de imagem, mas deveria ter sido actualizado, não só para ser compatível as mais recentes normas HDR, bem como pela enorme moldura em torno do mesmo, algo impensável para um tablet lançado em 2019.

Até as dimensões do Surface Pro 7 são exactamente as mesmas dos seus antecessores (desde o Surface Pro 4 de 2015), bem como o peso, sempre em torno das 790 gramas, dependendo da configuração. Felizmente, existe uma novidade, algo que tem sido pedido há muito tempo: a inclusão de uma porta USB 3.1 Gen2 Type-C, que além de poder ser uasada com DisplayPort 1.4, permite carregar a bateria do Surface, algo que, estranhamente, não é referido pela Microsoft.

Novidades internas
Se, por fora, tirando a porta USB-C, não existe qualquer tipo de novidade, no interior temos melhorias importantes, com a habitual actualização da geração de processadores Intel utilizados. Como tal, o novo Surface Pro 7 vem equipado com a 10.ª geração de processadores Intel Core, podendo optar pelo Dual-Core Core i3-1005G1, ou os Quad-Core Core i5-1035G4 e Core i7-1065G7 (o que vinha com o tablet que recebemos para teste).

Este processador tem a vantagem de incluir a mais recente geração do controlador gráfico integrado da Intel, o Iris Plus Graphics, que quase duplicou o desempenho gráfico registado no teste Cloudgate do 3DMark pelo anterior controlador Intel UHD Graphics 620 do Surface Pro 6 anteriormente testado. O resto da configuração conta ainda com a utilização de memórias DDR4 de velocidade superior, face às anteriores DDR3, e vários níveis de capacidade de armazenamento, estando a configuração com o processador Core i7 limitada a 256, 512 ou 1TB. O modelo testado vinha com 256 GB, capacidade essa que pode ser ampliada usando o serviço cloud OneDrive da Microsoft, bem como um cartão MicroSD.

Sabor agridoce
Se, por fora, as diferenças são quase inexistentes, deixando-nos uma certa sensação de desilusão, por dentro as novidades são maiores. Este Surface Pro 7 representa uma melhoria de desempenho significativa, inclusive na bateria, tendo obtido exactamente a mesma autonomia que a Microsoft anuncia, o que é algo inédito.

As capas continuam a ter uma qualidade de construção e um tacto excelente, a precisão do ecrã e da opcional Surface Pen continua a ser uma referência, mas, lá está, são opcionais num tablet que não é acessível, que tem um (cada vez mais) ruidoso sistema de arrefecimento que não traz inovação.


Distribuidor: Microsoft

Site: microsoft.com/pt-pt

Preço: €1699


Benchmarks

  • PCMark 10: 4653
  • PCMark 10 Productivity: 7462
  • PCMark 10 Battery Modern Office: 659 minutos
  • 3D Mark Cloudgate: 14 320

Ficha Técnica

Processador: Intel Core i7-1065G7 a 1,3 GHz
Memória: 16 GB DDR4 2400 MHz
Armazenamento: 256 GB SSD PCIe NVMe
Placa Gráfica: Intel Iris Plus Graphics
Ecrã: 12,3” táctil (2736 x 1824)
Ligações: USB 3.0, USB-C 3.1 Gen2, leitor de cartões MicroSD, jack 3,5 mm
Dimensões: 292 x 201 x 8,5 mm
Peso: 790 gr

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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