Poder-se-á dizer que a Samsung pouco tem evoluído em termos de design, já que a construção e o design pouco diferem do design original do Galaxy S8, lançado em 2017, embora existam importantes (R)evoluções, de que iremos falar mais à frente.
Visualmente a grande inovação está atrás, no módulo das câmaras, que além do formato do módulo em si, agora mais rectangular em vez da habitual sequência de sensores de imagem, passando a estar presentes três câmaras no caso do Galaxy S20, ou quatro câmaras no caso do Galaxy S20+ e S20 Ultra. Sim, leu bem, existe agora um modelo ainda mais avançado e, podemos mesmo afirmar, mais extremo.
Regressando às câmaras, é aqui que a Samsung realmente evoluiu, abandonando o ainda competente sensor de 12 MP de abertura variável (f/1.5 – 2.4), passando a usar um novo sensor principal de 12 MP f/1.8, que tem a particularidade de usar pixéis de grandes dimensões (1.8 µm face aos anteriores 1.4 µm), situação essa que, como deve imaginar, permitirá captar mais luz, logo mais detalhe, independentemente das condições luminosas no local. A câmara ultra-angular passa a ser de 12 MP (em vez dos anteriores 16 MP no S10), mas o sensor aumenta igualmente a dimensão dos pixéis (1.4 µm face aos anteriores 1.0 µm), mantendo uma abertura fixa f/2.2.
No caso do sensor telefoto, a Samsung decidiu recorrer a um novo sensor de 64 MP, sensor este com uma abertura f/2.0 e pixéis de 0.8 µm, que desempenhará um papel fundamental nas novas funcionalidades de zoom destes Galaxy S20. Para o S20 e S20+, a Samsung dotou estes smartphones com um sistema de zoom “Hybrid Optic” de 3x, ou seja, utiliza-se a elevada resolução do sensor de 64 MP, efectuando assim um “crop” (recorte) da imagem para recriar o efeito de zoom pretendido. Através da ajuda do software (e dos avançados algoritmos utilizados pelo sistema), é possível criar-se um efeito de zoom até 30x, designado de Space Zoom. A quarta câmara é o já conhecido sensor de profundidade DepthVision, tal como utilizado no actual Galaxy Note 10+.
Porém, no caso do Galaxy S20 Ultra, a situação muda de figura, pois temos aqui apenas o sensor da câmara ultra-angular e o sensor DepthVision são os mesmos. O sensor de telefoto é um sensor de 48 MP, que utiliza um sistema periscópico para garantir um zoom “Hybrid Optic” de 10x, e um Super Resolution Zoom até 100x, tirando partido dos avançados algoritmos de inteligência artificial utilizados para melhorar a qualidade da imagem.
No que toca ao sensor principal, temos aqui um impressionante sensor de 108 MP f/1.8, que embora utilize pixéis de apenas 0.8 µm, devido ao sistema “Remosaic”, que combina nove pixéis em apenas um pixel ao nível do sensor, resultando assim em imagens de elevadíssima qualidade com 12 MP de resolução com detalhes equivalentes ao que seria possível de captar com um sensor com pixéis de 2.4 µm. Para terminar com a cereja no topo do bolo, todos os Galaxy S20 permitem captar vídeo em resolução 8K a 30 imagens por segundo, existindo a possibilidade de partilhar imediatamente esses vídeos a 8K no YouTube, fruto da parceria com a plataforma.
Tudo isto só é possível graças ao já referido avançado sensor de 108 MP, como ao sistema de IA, e aos processadores utilizados, com a habitual diferenciação entre mercados, como o Qualcomm Snapdragon 865 para o mercado Norte Americano e Chinês, e o Exynos 990 de oito núcleos para os restantes mercados, como o Europeu. De resto, estamos perante três dispositivos que utilizam um novo ecrã Quad HD+ Dynamic AMOLED, com certificação HDR10+, dimensões, que variam entre as 6.2 polegadas para o Galaxy S20, 6.7 polegadas para o Galaxy S20+ e 6.9 polegadas para o Galaxy S20 Ultra.
Estes ecrãs estreiam, no entanto, a possibilidade de, quando utilizada a resolução Full HD+, de aumentar a taxa de refrescamento do ecrã para 120 Hz, tornando assim a utilização do mesmo mais agradável, não só numa utilização quotidiana em situações como fazendo scroll numa página web ou no feed de uma rede social, como numa utilização mais intensiva, como a correr os mais exigentes videojogos. Ambos os ecrãs passam a dispor de apenas uma câmara frontal, colocada ao centro como acontece com o Galaxy Note 10, em que o sensor terá 10 MP no caso do S20 e S20+, e 40 MP no caso do S20 Ultra.
Por fim temos as restantes especificações, como a memória RAM (do tipo LPDDR5), 8 e 12 GB no caso dos Galaxy S20 e S20+, e 12 e 16 GB no S20 Ultra. Em termos de armazenamento, expansível em todos os casos até 1 TB adicional com um cartão MicroSD, 128 GB para o Galaxy S20, 128 e 512 GB para os Galaxy S20+ e S20 Ultra. Já a bateria, temos 4000 mAh para o modelo base, 4500 mAh para o modelo intermédio e 5000 mAh para o Galaxy S20 Ultra, a maior capacidade alguma vez utilizada num smartphone Samsung.
De resto, continuamos a contar com a certificação IP68 em todos os equipamentos, para resistência a água e poeiras, sensor de impressões digitais no ecrã, reconhecimento facial, melhorias no sistema de carregamento sem fios (Fast Wireless Charging 2.0) e Wireless PowerShare, e ligações 4G LTE MIMO (até 2.0 Gbps) e 5G. Quanto a preços, o Samsung Galaxy S20 chegará a Portugal no dia 13 de Março (pré-vendas começam hoje), com preços que começam nos €929 para o Galaxy S20 na versão 4G, €1029 para o Galaxy S20+ (€1179 para versão 5G) e o €1379 para o Galaxy S20 Ultra (versão de 12 GB e 128 GB), que só estará disponível em versão 5G.