Primeiras Impressões – Samsung Galaxy Note 9

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 10 min

Mantendo-se fiel aos princípios do primeiro modelo, lançado em 2011, o novo Galaxy Note 9 continua a servir de montra ao que de melhor a Samsung consegue produzir, sendo o equipamento com o maior e melhor ecrã da marca (e um dos melhores do mercado), com o processador mais rápido, maior capacidade de memória e de espaço para armazenamento, bem como as melhores câmaras, maior bateria e a S Pen, um dos elementos chave que mais facilmente diferencia um Galaxy Note de um Galaxy S.

Começando pelo design, este não varia muito daquilo que já conhecemos no passado com o Note 8, ou seja, temos um equipamento que se diferencia dos Galaxy S8/S9 pela adopção de um formato mais rectangular nas esquinas do equipamento, permitindo assim aproveitar melhor o espaço disponível para alojar um ecrã maior. Estamos, no entanto, a falar em medidas mínimas, já que o Galaxy S9 Plus utiliza um ecrã de 6,2 polegadas, o Galaxy Note 8 um ecrã de 6,3 polegadas e o novo Galaxy Note 9 um ecrã de 6,4 polegadas, partilhando todos eles a tecnologia (Super AMOLED) e a resolução (1440 por 2960 píxeis).

Se à frente as diferenças são mínimas, atrás é onde encontramos as maiores novidades, embora estas sejam meramente em termos de disposição. Tal como aconteceu com os Galaxy S9 e S9 Plus, também o Galaxy Note 9 viu o sensor de impressões digital a ser recolocado para debaixo dos sensores. Porém, embora conte também com os mesmos dois sensores de imagem traseiros, flash LED e sensor de batimento cardíaco como o Galaxy S9 Plus, a disposição dos mesmos é feita na horizontal em vez de vertical, solução que evita, de forma mais eficaz, a colocação do dedo sobre os sensores de imagem, como aconteceu com os seus antecessores.

Novidades na imagem?

E, já que falamos em sensores de imagem, fique a saber que, em termos de hardware, a Samsung não efectuou nenhuma alteração face às soluções utilizadas no Galaxy S9 Plus, ou seja, estamos perante os mesmos sensores de 12 megapixéis, sendo o principal diferenciado por usar pixéis de maior dimensão, distância focal tradicional (26 mm) e por utilizar um sistema de abertura variável, entre f/1.5 e f/2.4, sendo o segundo sensor utilizado com uma distância focal distinta (52 mm), o que corresponde a um zoom óptico de 2x. Este sensor desempenha também um papel fundamental nas funções de retrato para desfocar o fundo, designadas pela Samsung como modo Live Focus.

Modo Automático com sensor principal
Modo Automático com Zoom óptico 2x
Modo de captura Pro

Na frente, continua presente o mesmo sensor de 8 megapixéis com distância focal correspondente a 25 mm e abertura f/1.7. Se, em termos de hardware não existem grandes novidades, em termos de software, a Samsung estreia um assistente de inteligência artificial, que permite ajustar automaticamente as definições da imagem de acordo com o assunto, designado como Optimizador de cenas. Este assistente, ao contrário de alguns equipamentos de marcas rivais, actua de forma bastante suave, sem exagerar no contraste, saturação e nitidez aplicada na imagem captada.

Software com assistente de Optimização de Cenas.

Desempenho esperado

À semelhança do que tem acontecido com praticamente todos os topos de gama lançados pela Samsung, também o Galaxy Note 9 utilizará duas plataformas distintas a nível global, sendo os equipamentos destinados para os mercados da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) lançados com o já conhecido processador Exynos 9810, e os mercados Americanos e Asiáticos brindados com o excepcional processador Snapdragon 845 da Qualcomm. Neste campo, muito embora o Exynos 9810 seja um excelente processador, não está ao nível do Snapdragon 845 em termos de desempenho e de gestão térmica.

Para quem ainda não conheça o Exynos 9810, trata-se do mesmo processador utilizado nos Galaxy S9 e S9 Plus, composto por quatro núcleos Mongoose M3 de 2,7 GHz, e quatro núcleos Cortex-A55 de 1,8 GHz, sendo estes acompanhados por uma controladora gráfica Mali-G72 MP18. Este processador vem ainda acompanhado de 6 GB de memória RAM e 128 GB de espaço para armazenamento. Se desejar, poderá optar por um modelo superior, equipado com 8 GB de memória RAM e 512 GB de espaço. Em ambos os casos poderá dar uso a um cartão de memória MicroSD para ampliar o espaço, até um máximo de 512 GB, o que no modelo de 512 GB permitirá gerar um impressionante total de 1 TB de espaço para armazenamento.

Bateria e S Pen

Se até aqui as alterações efectuadas eram as esperadas, no campo da bateria a Samsung surpreendeu, ao integrar no novo Galaxy Note 9 uma bateria de 4000 mAh, a maior de sempre num smartphone de topo da Samsung. Esta bateria permitirá garantir um dia de trabalho intensivo, algo que já é impossível de se conseguir com a bateria de 3500 mAh utilizada no Galaxy S9 Plus e de 3300 mAh do Galaxy Note 8. Infelizmente, embora utilize um sistema de carregamento rápido (Quick Charge 2.0), este é significativamente mais lento que os modos de carregamento rápido de modelos rivais, como o da Huawei e o da OnePlus.

Por fim temos aquilo que distingue o Galaxy Note de qualquer outro smartphone, a S Pen. Esta versão, que mantém todas as características das S Pen anteriores, como desenhar e escrever no ecrã do Note, mesmo com o ecrã desligado, tem a particularidade de utilizar a tecnologia BLE (Bluetooth Low-Energy), permitindo assim usar a S Pen como um controlo remoto para diversas funções. Poderá assim usar a S Pen para tirar fotografias remotamente, perfeita para selfies e fotografias em grupo, bem como apresentar slides ou fazer pausa durante a reprodução de conteúdos multimédia.

A Samsung garantiu que irá libertar o SDK (em Setembro) para permitir que programadores possam desenvolver soluções que tirem partido das funcionalidades adicionais da nova S Pen. Falta referir que a Samsung optou por não utilizar uma bateria tradicional, recorrendo antes a um supercapacitor, permitindo assim precisar apenas de 40 segundos para que a S Pen seja totalmente carregada, o suficiente para garantir uma autonomia de 30 minutos, ou 300 cliques, podendo ser utilizada como uma S Pen tradicional quando a carga terminar.

DeX e preços

Para terminar, falta apenas falar no DeX, a solução que a Samsung criou para transformar os seus dispositivos num posto de trabalho. Ao contrário dos Galaxy S8, Note 8 e S9, o Galaxy Note 9 não precisa de qualquer tipo de base, basta um adaptador USB-C para HDMI, permitindo assim transformar um televisor ou monitor numa espécie de segundo ecrã para reprodução de conteúdos como vídeo ou imagens, ao mesmo tempo que utiliza o ecrã do Galaxy Note 9 para as tarefas do dia a dia. Em último caso, poderá usar um adaptador DeX já existente para poder ligar um teclado e rato USB, criando assim um ambiente de trabalho similar a um computador de secretária.

Falta apenas referir que o Samsung Galaxy Note 9 iniciará as vendas em Portugal a 24 de Agosto, com um preço de €1.029,99 para a versão de 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, ou €1.279,99 para a versão de 8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento. Durante o período de Pré-Compra, a Samsung Portugal oferece uma campanha de retoma do seu telemóvel antigo, em que o valor de desconto pode chegar aos €500. Poderá saber mais sobre esta campanha na página www.samsung.com/pt/campanha-retomas.

Ficha Técnica

Processador Samsung Exynos 9810 (4x 2,7 GHz + 4x 1,7 GHz)
Memória RAM 6 GB
Armazenamento 128 GB
Cartão SD Sim (até 512 GB)
Ecrã 6,4 ” Super AMOLED (2960 x 1440 pixéis)
Câmara Traseira 12 Megapixéis (f/1.5-2.4 26 mm) + 12 MP (f/2.4 52 mm)
Câmara Frontal 8 MP (f/1.7 25 mm)
Captação de Vídeo 4K 60 fps, 1080p 240 fps, 720p 960 fps (traseira), 1440p 30 fps (frontal)
Estabilização de imagem Óptica (nos sensores traseiros)
Bateria 4000 mAh
Dimensões 161,9 x 76,4 x 8,8 mm
Peso 201 g
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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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