A Lenovo conseguiu, durante a IFA 2016, em Berlim, apresentar aquele que foi o produto mais inovador da feira, o novo Yoga Book. Trata-se de um tablet de dez polegadas (que suporta resolução 1920 x 1200), que pode vir equipado com Android (cem euros mais barato) ou com Windows 10, mas que tem a particularidade de, além de ser extremamente fino (4,55 mm), incluir um segundo ecrã que poderá funcionar como teclado ou mesa de digitalização.
Esta superfície vibra para simular o efeito de escrita num teclado físico, porém este acaba por cansar e rapidamente estamos a pesquisar no manual como o desligar. Independentemente desse efeito, a realidade é que o teclado acaba por funcionar bem, melhor que se estivéssemos a usar o ecrã táctil deste tablet. Há ainda uma particularidade: pressionando um pequeno botão, desligamos a iluminação do teclado, atribuindo assim à superfície do mesmo, a capacidade de registar o tacto, seja com o dedo ou através dos dois stylus fornecidos. Enquanto um poderá ser usado directamente na superfície da chamada Create Pad, o outro stylus é, na realidade, uma caneta, que poderá ser usada para escrever no bloco de notas fornecido, permitindo assim que os seus rascunhos, seja escrita ou desenho, sejam registados em papel e no Yoga Book.
O processo é muito simples e tudo funciona de forma impressionantemente correcta, não tivesse a Lenovo pedido ajuda à Wacom para transformar esta superfície numa autêntica mesa digitalizadora de elevada precisão, capaz de detectar até 2048 níveis de pressão, fundamental para desenhar a sua próxima obra de arte digital.
Tudo isto está aliado a uma qualidade de construção elevada, composta por uma liga de magnésio e alumínio em todo o chassis, bem como à aplicação da conhecida dobradiça de 360º da Lenovo, que permite transformar o Yoga Book num tablet, portátil ou meramente num ecrã para ver vídeos durante uma viagem. Em relação à autonomia, a marca prometia 13 horas, mas nós acabámos por apenas conseguir 8 nos nossos testes.
Para garantir que a experiência decorre sem problemas, a Lenovo recorreu à última geração de processadores Intel Atom, com o x5-Z8550 Quad-Core a ser o modelo escolhido, em conjunto com 4 GB de memória RAM e 64 de armazenamento, que pode ser ampliado através do uso de um cartão MicroSD (até 128 GB).
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