Gosto da nova HP. Hoje, está muito longe daquela empresa que seguia quase à regra a máxima de Henry Ford ao referir-se às cores dos seus Model-T: «As pessoas podem comprar um Model-T de qualquer cor. Desde que seja preto».
No caso da HP, há anos era: «Podem comprar um dos nossos computadores com qualquer forma e cor. Desde que seja a de um tijolo e em cinzento».
Este Pavilion construído de propósito para jogos não é cinzento, mas preto com apontamentos em verde, com um teclado retro-iluminado também em verde. Até as borrachas anti-derrapantes na parte de baixo do chassis são nesta cor.
O material eleito pela HP para construir este PC foi o plástico e os acabamentos são suaves, parecidos com borracha. Francamente a utilização de tanto verde faz lembrar outra marca gaming, que, por acaso, também tem computadores, embora não estejam disponíveis em Portugal directamente.
No que respeita à actualização, as teclas são pequenas, o que para um computador de jogos pode ser problemático; o trackpad é médio. O ecrã de 15,6 polegadas do Pavilion Gaming oferece uma resolução de 1920 x 1080 px.
Dentro da máquina é que está o que realmente interessa e, neste caso interessa muito: o processador é um Intel Core 7-6700HQ de quatro núcleos com arquitectura Skylake que funciona a 2,6 GHz, mas que pode chegar aos 3,5 GHz. O Pavilion traz, na versão de entrada de gama, 8 GB de memória. A versão que testámos, que custa mais 100 euros, inclui 16 GB de memória.
Este Pavilion tem duas gráficas: a integrada no processador, apenas para quando se está a usar o Windows com aplicações menos exigentes graficamente, e uma GPU Nvidia GTX 950M com 4 GB de memória dedicada para quando se quer jogar ou usar aplicações mais exigentes no que toca aos gráficos. O armazenamento está a cargo de um SSD com 128 GB (para o sistema operativo) e de um disco mecânico com 1TB; há ainda um leitor/gravador DVD. Entre as ligações estão uma HDMI, três USB e uma RJ-45 para redes com fios. Este Pavilion pode ligar-se a redes sem fios até à norma 802.11n e a dispositivos Bluetooth até à versão 4.0.
A construção do Pavilion Gaming é excelente e, apesar de ser em plástico, não tem de todo um aspecto ‘barato’. No entanto, existem duas coisas menos positivas a referir: o ecrã podia ter um pouco mais de resolução e as teclas deviam ser um pouco maiores. P
ara testar o desempenho usámos os nossos testes habituais: PCMark e 3DMark; para medir o comportamento em jogos usámos o Far Cry 4 e o Metro Last Light ambos, com a resolução fixa nos 1920 x 1080 px. Nos dois primeiros conseguimos 3340 e 3344 pontos; nos testes do PCMark, o benchmark Work ficou um pouco abaixo do HP Omen que obteve 3398 pontos; já no teste que simula a actualização em ambiente doméstico, o Omen ficou atrás do Pavilion com 3184 pontos. No 3D Mark, o Pavilion obteve 2771 pontos no teste Firestrike e 76 342 no Icestorm. Aqui o Omen domina com 3758 e 100 909 pontos, respectivamente.
Nos testes de jogos, medidos em FPS, o Pavilion obteve 26,57 de média no FarCry4 e 20,94 no Metro Last Light. Tendo ficado assim abaixo do Omen.
Os 1299 euros pedidos pela máquina de entrada de gama são um pouco altos, mas não são escandalosos. Pela versatilidade e pela relação preço/qualidade esta é uma máquina que tem que estar na ‘shortlist’ de quem procura um portátil que vá além do Windows, Internet e Office.