Descomplicómetro – Nuvem

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

O conceito de Cloud ou Nuvem consiste na instalação de servidores que depois remotamente partilham os seus recursos de computação e armazenagem com computadores menos potentes através de uma ligação em rede. Tipicamente a Internet.

Esta tecnologia oferece grandes vantagens num mundo em que o paradigma da utilização da informação digital está cada vez mais móvel, porque quando se usa um serviço em nuvem, os dados do utilizador são sincronizados automaticamente em todos os seus dispositivos onde quer que esteja.

Outra vantagem reside na possibilidade de se utilizar software que não está instalado na máquina local, mas que oferece as mesmas capacidades, como é o caso do Office 365 da Microsoft ou do Google Docs.

No caso das utilizações profissionais, como em empresas ou organizações estatais, o facto de ter a informação espalhada por vários locais com redundância faz com que as perdas de informação sejam menos prováveis.

No reverso da medalha, o facto de não se saber ao certo onde a informação está alojada pode levantar questões acerca da segurança dos dados.

Origem

O conceito básico da computação em nuvem foi inventado nos anos 50 quando se começou a perceber que os grandes computadores podiam servir de central de processamento de informação a terminais que não tinham essa capacidade, tudo através de uma ligação em rede.

Muito mais tarde, a nuvem, tal como a conhecemos hoje, foi inventada para descrever simplificadamente as ligações através da Internet com serviços que estão à distância, instalados em parte incerta, quando se fazem apresentações de ideias ou produtos que transmitem ou recebem informação.

Já no inicio da segunda década do século XXI, com a grande baixa de preço das tecnologias de processamento de grandes quantidades de informação, dos sistemas de armazenamento e das ligações de banda larga, começaram a aparecer os primeiros serviços pagos e gratuitos de Cloud que conhecemos hoje.

Os serviços de nuvem podem ser privados, onde o ambiente é completamente fechado e apenas acessível a clientes específicos; híbridos, em que uma parte da nuvem é privada e outra está exposta à Internet em geral, e públicos, que estão acessíveis a qualquer utilizador.

A computação em nuvem divide-se em três tipos:

Software as a Service (SaaS) ou Software como Serviço. Neste tipo, os clientes acedem a aplicações remotas de todos os tipos através da Internet. O Twitter, Google e Facebook são alguns exemplos deste tipo de computação em nuvem.

Platform as a Service (PaaS) ou Plataforma como Serviço. Este tipo de computação em nuvem serve para fornecer uma plataforma e ambiente para o desenvolvimento de aplicações e serviços que funcionam através da Internet e que podem ser usados através de um browser. O exemplo mais conhecido é a plataforma Microsoft Azure.

Infrastructure as a Service (IaaS) ou Infraestrutura como Serviço. Aqui é fornecida capacidade de processamento, espaço de armazenamento, ligações de rede, largura de banda, endereços IP e balanceamento de carga de comunicação.

 

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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