Um dos problemas que impede um maior uso da IA é o facto de, apesar de dar respostas mais ou menos correctas, gerar (ou editar) imagens, gerar código para páginas de Internet e outras aplicações, até agora, ainda não ter entrado realmente na vida quotidiana – mas isto está a mudar.
Recentemente vimos uma demonstração de um conjunto de electrodomésticos da Samsung que se integram entre si e usam IA para facilitar a vida dos utilizadores. Mas a marca coreana não é a única a comercializar dispositivos deste tipo com tecnologia: a iRobot, a LG e outras fabricantes também têm produtos que usam IA para desempenharem as suas funções de forma mais fácil e mais inteligente. Mostramos-lhe três exemplos de electrodomésticos com IA que pode usar actualmente.
iRobot
Há já alguns anos que os robôs aspiradores da iRobot usam câmaras para mapear o espaço onde se movimentam. Mais tarde, a empresa começou a usá-las também para identificar e evitar objectos no chão da casa, como cabos, sapatos ou meias. Nas versões mais recentes, a iRobot começou a incluir um sistema de LIDAR dedicado ao mapeamento das divisões, passando as câmaras a serem usadas exclusivamente para a detecção de objectos.
No final da aspiração, a aplicação do robot mostra fotos dos objectos encontrados e o utilizador pode indicar se são obstáculos permanentes, temporários ou se houve uma falha na identificação por parte do aspirador – isto ajuda a treinar a IA para inclusão de novos objectos em futuras versões de firmware.
Samsung
A empresa coreana apresentou recentemente uma gama de electrodomésticos que usam IA para facilitar a utilização e a poupança de energia. O exemplo mais útil que vimos foi o de uma máquina de lavar roupa que tem um conjunto de sensores para detectar o tipo de roupa que o utilizador quer lavar. Com isto, selecciona o programa mais adequado e a dose de detergente/amaciador necessária para que a roupa fique lavada, sem a danificar.
Upscaling de imagem nas TV
Actualmente, as TV mais vendidas têm ecrãs 4K, mas, com excepção dos planos mais caros dos serviços de streaming e do YouTube, não há muitos conteúdos nesta resolução – nos canais de TV linear não há mesmo nenhuns. Por isso, estas televisões (independentemente da marca) têm funcionalidades de upscaling que pegam em imagens com resolução 720p ou 1080p e as convertem para 4K. Não se trata de uma simples ampliação da imagem (se fosse o caso, a ficava distorcida e cheia de blocos): na verdade, são inseridos mais pixeis que têm de ser “imaginados” – isto só é possível através de inteligência artficial. O software da TV permite fazer ajustes à forma como as imagens são ampliadas, como por exemplo alterar o nível da nitidez; mas, na maioria dos casos, esta funcionalidade não pode ser desligada.