Force a saída de processos que consomem (demasiados) recursos no Windows

Quando uma aplicação deixa de responder ou o computador parece lento, pode haver processos que não estão a funcionar como deve ser - quando isto acontece, chega a altura de usar o Gestor de Tarefas para “matar” os problemas.

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 6 min

No Windows 11, quando um ou vários processos se estão a “portar mal” e a ocupar os recursos do sistema, podemos usar o Gestor de Tarefas para forçar a saída dos mesmos. Este recurso já existe há muito tempo no sistema operativo da Microsoft e oferece várias opções para monitorizar aplicações e serviços que estão a correr no PC. Aqui, é no separador ‘Processos’ que nos vamos concentrar, uma vez que nos permite ver, de forma rápida, os recursos do sistema (CPU, memória, disco, rede) para cada aplicação ou serviço e terminar/reiniciar os que estão a causar problemas – é o que vai conseguir fazer, com a nossa ajuda.

1 – Há várias formas de lançar o Gestor de Tarefas: para nós, a mais fácil é clicar com o botão direito do rato em cima da ‘Barra de Tarefas’ do Windows. Isto faz aparecer um pequeno menu com duas opções – escolha ‘Gestor de Tarefas’. Quando a janela abre, temos várias opções à esquerda, mas a que verdadeiramente nos interessa é a ‘Processos’, pois é aqui que podemos ver os consumos de recursos do Windows. Esta área está separada por ‘Aplicações’, ‘Processos em segundo plano’ e ‘Processos do Windows’. Para ver os processos associados a cada app/instância, basta clicar na pequena seta cinzenta que está à esquerda, quando for este o caso (há alguns casos que não têm).

2 – Para ver que apps estão a consumir mais recursos do Windows, pode clicar nos cabeçalhos correspondentes a ‘CPU’, ‘Memória’, ‘Disco’ e ‘Rede’, para ordenar do maior para o menor “consumidor”. Se um destes estiver a usar sessenta por cento ou mais de algum destes indicadores, pode ter um problema. Para tornar as coisas mais fáceis, o ‘Gestor de Tarefas’ usa uma cor mais escura (neste caso, azul) para realçar os processos que consomem mais recursos. Se não estiver a utilizar activamente o computador, e o sistema não estiver a executar tarefas de manutenção, o CPU não deverá ultrapassar os 30% – é o que acontece aqui.

Já no que respeita à memória, o software que tiver a correr (mesmo que não o esteja a usar) e os processos continuarão a consumi-la, o que deve aumentar à medida que carregar mais aplicações. Mas, a menos que o computador fique sem memória disponível para lidar com todos os processos, isto não será um problema – mesmo assim, depois de a memória física se esgotar, o sistema começará a utilizar a virtual. O desempenho será mais lento, mas o sistema não deve falhar.

3 – Dependendo da configuração do sistema, deve manter a utilização da memória a 60%. A utilização da unidade de disco deve rondar os 5%, a menos que esteja a executar tarefas de renderização ou cópia – que era o que estávamos a fazer no momento, daí os 63%.
Por fim, a velocidade e a conectividade da rede apenas tornam lentas as tarefas que requerem uma ligação local ou à Internet, mas não afectam o desempenho do sistema. O normal é ter este valor a 0% ou com uma percentagem muito baixa, inferior a 5%.

4 – Uma vez identificado o problema que está a ocupar os recursos do sistema, existem várias formas de terminar o processo. Pode clicar com o botão direito do rato no processo e escolher a opção ‘Terminar tarefa’; ou escolher o processo e clicar na mesma opção, no topo da janela do ‘Gestor de Tarefas’. Outra coisa que pode fazer é forçar o ‘Modo de eficiência’, embora não esteja disponível para todos os processos (a opção, no canto superior direito, fica a cinzento). Se clicar numa instância e esta opção ficar a preto, pode activá-la para melhorar a eficiência energética do sistema, embora o Windows avise que isso pode «causar instabilidade em determinados processos».

5 – Se não estiver certo do processo que está prestes a terminar, clique com o botão direito do rato no mesmo e escolha a opção ‘Procurar online’. Isto faz com que seja feita uma busca online, que nos dá resultados que podem ajudar a compreender o que está em causa.

6 – É importante ter em atenção que terminar processos vai fechar a respectiva aplicação e, em alguns casos, bloquear o Windows, caso sejam processo do sistema operativo. Qualquer trabalho que estiver a fazer e não tiver guardado, será perdido. Se possível, é sempre recomendável gravar o trabalho antes de continuar. Depois, pode reiniciar a aplicação a partir do menu ‘Iniciar’ – esta acção deverá também reiniciar os processos necessários.

7 – Em alguns casos, pode ser necessário reiniciar o processo manualmente. Pode fazê-lo clicando no botão ‘Executar nova tarefa’, no Gestor de Tarefas, escrevendo o nome do serviço e clicando no botão ‘OK’.

 

Por: Ricardo Durand Editor
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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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