Bird declara falência: num ano perdeu mais de 170 milhões de euros em bolsa

Num comunicado, a Bird confirma ter começado um «processo de reestruturação financeira com o objectivo de fortalecer seu balanço patrimonial».

Por: Ricardo Durand
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©TRENDY Report

É uma história semelhante à do unicórnio português Farfetch: a startup de micro-mobilidade Bird, que tinha uma oferta de trotinetas eléctricas em várias cidades do mundo, acaba de declarar falência.

A empresa foi fundada em 2017 por um antigo responsável da Uber, Travis VanderZanden, e chegou a Portugal em Abril de 2019; em Janeiro de 2020, ainda antes da pandemia, a marca comprou a Circ, na Europa. Quase dois anos depois, a startup estreava o seu serviço de bicicletas eléctricas em Portugal.

Já este ano, a Bird tinha comprado a Spin (uma marca de trotinetas da Ford, que também entrou em Portugal, ainda que de forma muito limitada); esta aquisição levou a que fosse feita uma série de despedimentos, como forma de «reduzir redundâncias», no princípio de Outubro.

Mas os mais sinais já tinham aparecido antes: apenas um ano depois de ter entrado na Bolsa de Nova Iorque, a Bird desvalorizou quase 190 milhões de euros – de uma valorização inicial de 1,8 mil milhões de euros passou para apenas 63 milhões.

Num comunicado onde confirma ter começado um «processo de reestruturação financeira com o objectivo de fortalecer o seu equilíbrio patrimonial», a Bird diz ainda que vai «continuar a operar normalmente em busca de crescimento sustentável a longo prazo», o que se aplica às operações da Europa (onde está o mercado português), EUA e Canadá.

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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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