«Promover uma maior clareza na regulação». Centro para a IA Responsável sugere cinco alterações ao AI Act

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 3 min
©Possessed Photography

Na semana em que governantes do Reino Unido, EUA e UE se reuniram em Londres para discutir o impacto da IA na sociedade – AI Safety Summit – o Centro para a IA Responsável partilha uma carta aberta onde esclarece o seu posicionamento em relação a este tema.

O objectivo é «clarificar o impacto do AI Act [o quadro legal europeu para regular a utilização de IA na União Europeia] no desenvolvimento humano, enquanto impulsiona a inovação, promove a democratização da IA e aumenta a literacia sobre os termos utilizados», escreve o consórcio português.

Assim, o Centro para a IA Responsável propõe cinco alterações ao AI Act. A primeira passa por fazer «testes limitados de produtos de alto risco em condições do mundo real», como forma de «impulsionar a inovação de produto em IA na Europa. O grupo quer ainda «eliminar barreiras para o desenvolvimento de foundation models em open-source».

Ainda neste domínio, pede-se a revisão de «algumas disposições relativas a foundation models» e o reforço das «preocupações e obrigações ambientais». Finalmente, no que acaba por ser um dos pedidos mais habituais quando está em causa criar regras e legislação, o Centro para a IA Responsável quer «promover uma maior clareza na regulação» da IA, na UE.

Lembre-se que uma das principais conclusões da AI Safety Summit, que aconteceu na Quarta-Feira em Blethcley Park (uma antiga instalação militar secreta do exército britânico que, durante a Segunda Guera Mundial foi a “casa” da Government Code and Cypher School, onde se trabalhou na decifração da máquina alemã Enigma), foi a de que a IA tem o «potencial de gerar impactos positivos significativos, mas, por outro lado, pode igualmente ser fonte de danos igualmente profundos», cita o consórcio.

O Centro de IA Responsável reúne 24 entidades, entre empresas (Unbabel, Feedzai, Sword Health) e centros de investigação (Fundação Champalimaud, CISUC, FEUP). Neste momento, este grupo está a «desenvolver a próxima geração de recursos de IA com a criação de 21 novos produtos inovadores de IA baseados nos princípios e tecnologias da IA responsável».

Por: Ricardo Durand Editor
Seguir:
Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
Exit mobile version