IBM quer converter o software escrito em COBOL para Java com a a ajuda de IA

Apesar de ter sido criada há mais de 60 anos, a linguagem COBOL ainda é usada em muitos computadores para aplicações bancárias e outras. Agora, a IBM quer trazer todo esse software para a actualidade com a ajuda de inteligência artificial.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 2 min

Apesar de a linguagem COBOL ter sido lançada em 1959, ainda há muito software escrito nesta linguagem em utilização na actualidade. Por exemplo, devido ao desempenho, fiabilidade e segurança, a linguagem COBOL ainda é usada actualmente na gestão de 70% das transacções bancárias em todo o mundo. Para ajudar a trazer todo esse software para os dias de hoje, a IBM lançou um serviço, chamado Watsonx Code Assistant, que usa inteligência artificial para ajudar a gerir e a traduzir o código COBOL para linguagens mais actuais, tudo através de prompts em linguagem natural.

O Watsonx Code Assistant (WCA) é baseado nos modelos Granite que forma treinados através com recurso a repositórios de código como o GitHub tendo obtido mais de 1,6 biliões de tokens de código (palavras e partes de palavras). A IBM afirma que implementou filtros para excluir todo o código considerado “tóxico”, sensível ou sujeito a direitos de autor. A empresa também recorreu a programadores humanos fluentes em COBOL e Java, que trabalharam em conjunto para criar milhares de pares de programas com funcionalidades equivalentes para a plataforma Z da IBM.

A IBM diz que a tradução literal do código, linha a linha, funciona tão bem em programas como na linguagem natural. Mas traduzir COBOL para Java desta forma não é exequível, porque o resultado final é um código híbrido a que chamaram ‘JOBOL’, que é difícil de ler e de manter. Os programadores da IBM fizeram um trabalho de afinação dos modelos Granite para se assegurarem que a sintaxe de cada programa em COBOL era expressada correctamente em Java.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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