China limita exportação de grafite em resposta às novas restrições na exportação de chips impostas pelos EUA

A grafite é uma matéria-prima essencial para a indústria de fabrico de baterias, principalmente para veículos eléctricos.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 2 min
Imagem - Panasonic

Depois de, na semana passada, ter sido anunciado que os Estados Unidos iam limitar ainda mais a exportação de chips para a China, principalmente o hardware ligado a aplicações em inteligência artificial, a China respondeu com uma limitação da exportação de alguns tipos de grafite, principalmente os usados no fabrico de baterias para veículos eléctricos. Anteriormente, as autoridades chinesas já tinham imposto restrições na exportação de metais, como o gálio e germânio, que são utilizados no fabrico de semicondutores, equipamento de telecomunicações e também em veículos eléctricos.

De acordo com o Ministério do Comércio da China, a partir de 1 de Dezembro, três tipos de grafite, considerados altamente sensíveis, vão ser sujeitos a controlos de exportação por serem considerados de “dupla utilização”, o que quer dizer que podem ser usados nas indústrias civis e militares. Por outras palavras, será necessário pedir uma autorização especial para os exportar.

A grafite é o elemento mais comum para a criação dos ânodos nas baterias de iões de lítio. Segundo a Reuters, a procura mundial de grafite que será de 770000 toneladas em 2023 vai triplicar em 10 anos.

A China é responsável por 64% da produção mundial de grafite natural e mais de metade da grafite artificial. O país é ainda responsável 90% do refinamento deste material para atingir o grau de pureza que permite a sua utilização no fabrico de baterias.

As autoridades chinesas disseram também que estas medidas têm o objectivo de “salvaguardar os interesses e a segurança nacional”, que não são dirigidas a nenhum país ou região em especial e que todas as exportações que cumpram todos os regulamentos serão permitidas.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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