A IA Bard da Google pode agora interagir com outras aplicações e serviços da empresa

A partir de agora, é possível usar o Bard em conjunto com outras aplicações e serviços da Google para verificar respostas e aceder a mais funcionalidades.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Imagem - Google

A utilidade dos modelos de inteligência artificial generativa, como o Bard da Google, é inegável. Por exemplo, é possível usá-los para criar documentos partilhados com outras pessoas, ajudar a explicar conceitos de uma forma simplificada para os mais novos ou resumir textos ou capítulos de livros. Para colocar o Bard ao serviço de mais utilizadores, a Google anunciou hoje que este modelo de IA vai poder ser usado em mais idiomas e será integrado com outras aplicações e serviços da empresa para fornecer respostas mais úteis, fazer ‘fact check’ às respostas que o modelo fornece e carregar imagens através do Google Lens.

Extensões

A principal novidade são as ‘Bard Extensions’ (disponíveis apenas em inglês), que são uma forma nova de interacção com o Bard. Com esta integração, o Bard pode recolher informação relevante simultaneamente a partir de vários serviços e aplicações da Google usadas todos os dias, como o Gmail, Docs, Drive, Maps e o YouTube.

Por exemplo, será possível pedir ao Bard para harmonizar as agendas de um grupo de pessoas que está a planear uma reunião ou uma viagem. Depois procurar indicações acerca de como se pode chegar ao lugar onde vai decorrer, tudo numa única conversa. Outro exemplo, é pedir ao Bard que procure um currículo que está guardado no Drive para o actualizar e resumir alguns pontos se necessário.

Imagem – Google

Segundo a Google, todo o conteúdo que passa pelas extensões do Bard para as aplicações da Google não é analisado por seres humanos, usado para treinar o Bard ou para mostrar anúncios relacionados com esse conteúdo. As extensões podem ser desligadas a qualquer momento.

Fact check

Imagem – Google

Outra novidade, que, por agora, só está disponível em inglês é o botão ‘Google it’, que permite fazer fact check às respostas que são dadas pelo modelo. Quando o utilizador clica no ícone ‘G’, o Bard lê a resposta que deu e verifica se está disponível conteúdo de terceiros para complementar a resposta. Quando algo poder ser avaliado, o utilizador pode clicar nas frases assinaladas e aceder a mais informação que suporta ou que contradiz a resposta dada pelo Bard.

Partilha

Por fim, se um utilizador partilhar uma conversa com o Bard através de um link, outros utilizadores vão poder continuar essa conversa e fazer mais perguntas ao Bard acerca do tópico que está a ser discutido, ou usá-lo como ponto de partida.

Estas novas funcionalidades são fruto das actualizações que a Google fez ao modelo PaLM 2 que são baseadas no feedback dos utilizadores. Usando essas interacções, a Google aplicou ao modelo novas técnicas de aprendizagem para o treinar para ser mais intuitivo e imaginativo.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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