Unidade de processamento neural (NPU)

Uma NPU é um dos acrónimos mais utilizados nos últimos anos. Este elemento é uma espécie de evolução dos actuais CPU e vai levar a inteligência artificial para dentro dos processadores.

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

Com o desenvolvimento de novas arquitecturas mais eficazes e mais complexas, foi surgindo a necessidade de se desenvolver uma unidade de processamento para as novas tarefas, unidade essa que acabou por se designar ‘NPU’. Nos últimos anos, as unidades de processamento neural têm vindo a fazer parte de qualquer tipo de unidade de processamento, como um SoC (System-on-Chip) para dispositivos móveis, CPU para computadores e servidores e GPU (unidade de processador gráfico) das placas gráficas. Como o nome indica, uma esta tem como principal função utilizar uma rede neural, essencial para desempenhar funções de machine learning, com recurso a IA, tornando, assim, o processamento mais eficaz e mais eficiente.

Inteligência artificial no cerne
Tendo em conta os diferentes tipos de aplicação, uma NPU é, essencialmente, uma unidade que recorre a IA para identificar uma determinada situação e escolher o “caminho” mais eficaz para lidar com o que está acontecer nesse momento. Isto é feito tendo em conta decisões que já tenham sido tomadas anteriormente, que estão catalogados na sua base de dados. Em determinados casos, a própria NPU consegue ir actualizando a base de dados com os novos exemplos, para que se vá adaptando a futuras situações, que poderão ser mais complexas. Isto permite que, no processamento de imagem, por exemplo, a NPU consiga identificar mais facilmente uma face e aplicar as definições de retrato, na câmara.

Exemplos de utilização
Uma NPU pode ser usada em diversos tipos de tarefas. Uma das mais avançadas é a da leitura de dados provenientes de sensores (LIDAR, câmaras e ultrassónicos), para identificar obstáculos em sistemas de condução autónoma. As unidades de processamento neural também podem ser utilizadas em conjunto com um GPU de uma placa gráfica, conseguindo assim identificar objectos na imagem para adaptar o poder de processamento necessário em cada situação.

Porém, é nos smartphones que a NPU mais tem evoluído, tendo este contribuído de forma essencial para o constante melhoramento da capacidade de processamento de imagem das câmaras. Aqui, a NPU pode vir integrada no SoC, como acontece com os modelos Snapdragon da Qualcomm e do modelos Bionic da Apple; outro modelo de aplicação é o isolado, como acontece em marcas como a Oppo, com o seu MariSilicon X

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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