Há subscrições Netflix à venda no Telegram por 2 euros: obviamente, não é boa ideia comprar

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 3 min
©Giordano Rossoni

A Netflix cancelou a partilha de contas e vários subscritores terão cancelado as suas assinaturas, como forma de mostrar desagrado com a decisão da empresa. Neste momento, o plano mais acessível custa 7,99 euros/mês e dá apenas acesso a conteúdos em 720p.

Comparativamente a outras plataformas de streaming que estão em Portugal, é fácil perceber que este valor está algo inflaccionado: a HBO Max fica por 5,99 euros e a mensalidade da Prime Video é um euro mais baixa – 4,99 euros.

O Disney Plus tem actualmente em vigor uma promoção que dá acesso durante doze meses por 8,99 euros, o que corresponde, normalmente, a dez meses. Ou seja, na realidade, a mensalidade é de 7,49 euros. Finalmente, a Apple TV+ custa 6,99 euros – no entanto, todas estas plataformas permitem a partilha de contas sem grandes problemas.

Quem cancelou um plano Netflix por não achar justo o preço cobrado (e que deixa de poder ser dividido entre várias pessoas) pode sentir-se tentado a voltar se perceber que há uma forma mais “acessível” de voltar a comprar uma subscrição – e é aqui que entram os cibercriminosos.

©Check Point | Estes são os exemplos, partilhados pela Check Point, que mostram a venda de contas ilícitas da Netflix, no Telegram.

Segundo a Check Point, há «inúmeras empresas ilícitas que vendem subscrições da Netflix na Dark Web», concretamente na app Telegram: «Os nossos investigadores descobriram canais afiliados a portais de cibercriminosos que oferecem acesso ao plano Premium mensal da Netflix por apenas 190 rupias indianas, ou seja, pouco mais de 2 euros. Estes canais promovem a “eficácia e legitimidade do acesso total” para atrair potenciais compradores», avisa a empresa de segurança

Como é óbvio, esta tipo de ofertas, além de não serem legítimas, podem ter origem em contas roubadas; ou seja, o que se está a vender são logins de utilizadores, potencialmente angariados em campanhas de phishing: «A maioria destas contas é obtida a partir de credenciais comprometidas ou de contas violadas».

A Check Point alerta ainda para o facto de os cibercriminosos poderem «não cumprir a sua parte do acordo»; em alguns casos, quem comprou uma conta destas nunca chegou a receber o acesso a uma conta Netflix ou «viu o seu acesso bloqueado após alguns dias, semanas ou meses», conclui a empresa.

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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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