Fuga de informação mostra os planos da Google para integrar IA nas buscas

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

No fim-de-semana passado, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem que levanta um pouco do véu sobre os planos da Google para a integração de Inteligência Artificial (IA) no seu motor de busca. Esta trata-se da maior alteração de sempre que a empresa irá fazer ao seu produto mais popular. 

A peça, que se baseia em documentos internos da Google e em declarações de várias fontes, indica que que a nova estratégia tem o nome informal de “10 blue links”, porque o objectivo da empresa é o de responder a qualquer pergunta nos 10 primeiros resultados da busca feita pelo utilizador, ou a que se costuma chamar ‘above the fold’, significando que o utilizador não tenha de fazer scroll para encontrar o que necessita.

Segundo a nova estratégia, a Google vai continuar a tentar apresentar a informação mais relevante nos 10 primeiros links, mas a visualização será mais “visual, resumida, pessoal e humana”. Os resultados vão incorporar as conversações com a IA (de uma forma semelhante à que foi usada pela Microsoft para integrar a Inteligência Artificial da OpenAI no motor de busca Bing), e irão ter outros conteúdos, como vídeos de curta duração e publicações nas redes sociais.

Esta alteração foi pensada para agradar a uma audiência mais jovem que está habituada a consumir conteúdos mais curtos, como os vídeos do TikTok, mas também está relacionada com a forma como a web está a evoluir. Segundo documentos internos da Google, o número de sites web activos tem crescido pouco, por isso os utilizadores viram-se para outras aplicações para encontrar a informação de que precisam. Assim, o motor de busca da Google terá de combater em duas frentes: contra a IA e contra as aplicações.

A Google também vai lançar um novo programa de Inteligência Artificial, que tem o nome de código ‘Magi’ na edição de 2023 da conferência para programadores Google I/O, que decorre esta semana. Não é claro se o novo programa funcionará em separado, ou se será uma adição ao Bard.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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