Space X aumenta a capacidade da rede com os novos satélites V2 Mini

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Imagem - SpaceX

O rápido crescimento da rede de acesso à Internet via satélite Starlink da SpaceX, surpreendeu muitos, mas o sucesso que tem tido também tem posto a descoberto os limites da rede que foi desenhada originalmente. A velocidade de acesso tem caído, os preços têm vindo a aumentar e, para a SpaceX, a solução para estes problemas é o lançamento de mais satélites.

A SpaceX tem estado a planear a constelação de satélites Starlink de segunda geração, mas enquanto os novos dispositivos não chegam, decidiu usar uma versão reduzida dos satélites V2, denominada ‘V2 Mini’, para ajudar a melhorar o serviço.

Os novos satélites V2 Mini, foram lançados no passado dia 27 de Fevereiro a bordo de um foguetão Falcon 9. Tecnologicamente, os V2 Mini estão a meio caminho entre os satélites da versão original e os satélites de segunda geração. Os novos dispositivos cabem dentro do Falcon 9, mas, ao contrário do que aconteceu até agora em que era possível lançar 60 satélites de cada vez, devido a pesarem cerca de 830 kg, o Falcon 9 apenas pode transportar para órbita 21 satélites V2 Mini de cada vez.

Os satélites Starlink V2 verdadeiros são bastante maiores que os actuais e pesam cerca de duas toneladas cada um. Os V2 oferecem dez vezes mais largura de banda que os V1 e a SpaceX recebeu autorização para poder colocar em órbita 7500 unidades em órbitas diferentes das usadas actualmente. A SpaceX já colocou alguns satélites V1 nessas órbitas, provavelmente para testar a colocação dos futuros V2, que apenas serão lançados quando o novo foguetão Starship estiver pronto.

Os V2 Mini não têm as mesmas capacidades da versão V2 completa, mas incluem vários melhoramentos em relação aos V1. Têm uma antena maior e mais poderosa e dois painéis solares com uma área total de 52 metros quadrados. Estes satélites usam a banda-E para interligação entre eles, o que lhes permite comunicar com recurso a uma largura de banda quatro vezes superior em relação aos originais. Estes melhoramentos têm o objectivo de compensar a menor quantidade de unidades que podem ser lançadas de cada vez. Os motores dos V2 Mini, usados para fazer correcções de órbita, são mais baratos, porque usam Árgon, em vez de Crípton.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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