Samsung Galaxy S23 Ultra

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 5 min

Começando pela experiência de unboxing, esta é, no mínimo, deprimente. Temos apenas uma caixa minúscula (quase na dimensão do equipamento), um panfleto com instruções rápidas, um cabo USB-C e o pin para abrir a gaveta do cartão SIM. Quanto ao equipamento em si, é impossível escondermos a sensação de “déjà-vu”, uma vez que, à primeira vista, o novo smartphone de topo da Samsung é idêntico ao seu antecessor. É certo que existem pequenas diferenças, como o anel em torno das câmaras traseiras (que está maior) e a menor curvatura do ecrã, mas estes são meros detalhes, que só são notados quando os equipamentos (S23 Ultra e S22 Ultra) são colocados lado a lado.

Mudanças ligeiras
O ecrã mantém a dimensão e grande parte das características do seu antecessor: continua a ser AMOLED de 6,8 polegadas, do tipo AMOLED com LTPO, uma taxa variável até 120 Hz e um máximo de 1750 nits. Nota-se, agora, uma menor curvatura na extremidade do ecrã, o que garante uma melhor ergonomia quando pegamos no equipamento; isto também evita os toques acidentais nas extremidades, algo que ocorria anteriormente.

A bateria manteve os 5000 mAh e o carregamento até 45 W, mas viu a autonomia ser significativamente melhorada, graças à maior eficiência do novo SoC. Ao contrário de todas as anteriores gerações, a Samsung acabou com a ridícula ideia de “castigar” os utilizadores europeus com o Exynos, estando agora disponíveis todas as versões apenas com um SoC especificamente feito pela Qualcomm, para a Samsung. Trata-se do novo Snapdragon 8 Gen2 “for Galaxy”, onde as frequências do núcleo Cortex-X3 subiram de 3,19 para 3,36 GHz; além disso, a nova GPU Adreno 740 passou dos originais 680 para os 719 MHz. Como seria de prever, os resultados traduzem-se no melhor desempenho que registámos até hoje num smartphone Android e na melhor autonomia de sempre num modelo de topo da Samsung.

Aposta na imagem
Mesmo com este aumento de desempenho e autonomia, é nas câmaras que se registam as principais melhorias, não só pelo mais avançado processamento de imagem do Snapdragon 8 Gen2, mas também pela introdução do novo sensor ISOCELL HP2 de 200 MP – este, substitui o fiel HM3 de 108 MP, que durante anos foi usado nos modelos de topo da Samsung. Já os restantes sensores aparentam ter as mesmas características, mas houve uma mudança na ultra grande angular – o anterior sensor Sony IMX653 foi substituído pelo novo IMX654; ambos têm 12 MP, mas houve notórias melhorias em termos de processamento e sensibilidade. Já os sensores IMX754 das duas telefoto (zoom de 3x e 10x) continuam os mesmos. À frente, deixamos de contar com um sensor de 40 MP: agora, temos um ISOCELL S5K3LU de 12 MP que, embora tenha menor resolução, oferece uma focagem mais rápida e precisa, e menor ruído em situações de baixa luminosidade.


Distribuidor: Samsung

Preço: €1449,90 (versão testada)


Benchmarks

  • AnTuTu: 1 264 136
  • 3D Mark Wild Life: 14 339
  • GeekBench 5 Single CPU: 1574
  • GeekBench 5 Multi CPU: 5100
  • GeekBench 5 OpenCL: 10660
  • PCMark Work 3.0: 16 782
  • PCMark Work 3.0 Battery: 1069 minutos

Ficha Técnica

Processador: Qualcomm Snapdragon 8 Gen2 5G “for Galaxy” (3,36 GHz + 2 x 2,8 GHz + 2 x 2,8 GHz + 3 x 2,0 GHz)
Memória: 12 GB
Armazenamento: 256 GB
Câmaras: 108 MP f/1.8 + 12 MP f/2.2 + 10 MP f/2.4 + 10 MP f/4.9 (traseira); 40 MP f/2.2 (frontal)
Ecrã: 6,8” Dynamic AMOLED 2X 120 Hz (3088 x 1440), 500 ppi
Bateria: 5000 mAh
Dimensões: 163,4 x 78,1 x 8,9 mm
Peso: 234 gr

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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