Negócio entre Microsoft e Activision poderá ser bloqueado pelo regulador britânico

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

A aquisição da Activision, por parte da Microsoft, está a ganhar contornos dignos de uma novela mexicana, com a Sony Interactive Entertainement (SIE) a comportar-se como um autêntico vilão, ao usar todo o tipo de argumentos para impedir que o regulador de mercado britânico (CMA – Competition and Markets Authority) aprove o negócio.

Este negócio, que foi anunciado em Janeiro do ano passado, tem estado nas mãos dos principais reguladores de mercado, tendo sido fundamental a criação de condições excepcionais que garantem que a Activision continuará a lançar os seus títulos em todas as plataformas, incluindo a PlayStation, mas a Sony, que detém 80% da quota de mercado, parece não acreditar na “boa fé” da Microsoft.

Como tal, e tendo em conta que, à partida os principais reguladores já aprovaram o negócio, tem-se virado para o regulador britânico, afirmando que caso o negócio vá em frente, que a Microsoft irá criar bugs propositadamente para títulos como Call of Duty para as plataformas da Sony, para denegrir as mesmas.

Como seria de prever, a Microsoft garantiu que qualquer título, como os futuros Call of Duty, que seja lançado para as consolas PlayStation terá a mesma data de lançamento, os mesmos conteúdos, funcionalidades, actualizações, qualidade e a mesma experiência que as versões que serão disponibilizadas para a plataforma Xbox.

Outra contradição da Sony seria que a Microsoft poderá tornar Call of Duty num título exclusivo para o Xbox Games Pass, algo que já foi contradito pela Microsoft, através do já referido acordo de 10 anos, bem como seria mau para o negócio, pois perderia as receitas de vendas de milhões de cópias durante o lançamento de novos títulos da saga. Teremos que aguardar pela decisão do regulador britânico no dia 26 do próximo mês de Abril.

Recordamos que até as empresas rivais como a Nvidia, Steam, Nintendo e outras aceitaram o negócio, graças a um acordo criado pela Microsoft, que garante a distribuição dos seus jogos durante (pelo menos) 10 anos nas suas plataformas, incluindo Call of Duty, jogo esse que terá que ser adaptado para poder correr no hardware mais limitado da Nintendo Switch.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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