Shopopop diz ‘adeus’, dois anos depois: «O mercado português precisa de ser mais maduro nas compras online de comida e entregas em casa»

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 3 min
©Shopopop

A Shopopop deixou de ter presença em Portugal. A plataforma de entregas de compras online que tinha chegado a Portugal no segundo semestre de 2020, em plena pandemia, não terá conseguido competir com os serviços da Getir ou da Bairro, por exemplo, que mesmo não sendo iguais, acabam por chocar com os desta plataforma.

O serviço tinha como base o ‘crowdshipping delivery’ (entregas colaborativas), em que várias pessoas estão disponíveis para, com uma lista de produtos entregue por um ponto de venda, irem até um supermercado ou outra loja de retalho, fazer as compras; depois, com o seu próprio automóvel, entregam-nas em nossa casa.

A empresa nasceu em França, em 2016, e em 2020 começou a chegar a outros países de Europa: Itália foi o primeiro, em Junho; depois, a Shopopop entrou em Portugal e na Bélgica. «A nossa missão é simples: ligar supermercados aos shoppers – uma comunidade de particulares disponíveis para fazer entregas ao domicílio, aproveitando os seus percursos e rotinas diárias», dizia, na altura, João Sanches, country manager da Shopopop.

Esta semana, a app enviou um e-mail aos utilizadores onde deu conta da saída de Portugal: «Lamentamos informar que 2022 foi o último ano da Shopopop em Portugal. Queremos agradecer o teu interesse em fazer parte da comunidade! Muito obrigado, em nome da equipa Shopopop». A app já não está disponível nas lojas da Apple e da Google, mas o site ainda está activo, assim como as páginas de Facebook e Instagram – ambas não têm qualquer informação sobre a desistência do mercado nacional.

©Shopopop / DR.

A Shopopop continua com a equipa nacional de apoio ao cliente activa até 6 de Janeiro, através do chat da app, telefone e e-mail). Depois, os pedidos de esclarecimento sobre assuntos relacionados com o funcionamento do serviço devem ser remetidos para o e-mail geral contact@shopopop.com.

Johan Ricaut, director-geral e co-fundador da app, explicou à PCGuia os motivos que levaram à saída da Shopopop de Portugal: «Decidimos encerrar as nossas operações, uma vez que o mercado é demasiado pequeno e precisa de ser mais maduro na venda de alimentos em linha e na entrega ao domicílio. Apesar dos nossos esforços para estabelecer um negócio de sucesso, concluímos que a procura dos nossos serviços é insuficiente para sustentar as operações».

Etiquetas:
Por: Ricardo Durand Editor
Seguir:
Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
Exit mobile version