Fontes de alimentação ATX 3.0

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

Em 2021 já tínhamos mostrado como funcionavam as fontes de alimentação, mas, com a chegada das novas plataformas, tanto da Intel como da AMD, bem como de placas gráficas de última geração, aparece a norma ATX 3.0, que implica mudanças estruturais. Basicamente, as fontes de alimentação passam a ter uma eficiência energética superior, em especial nos momentos de pouca utilização; há ainda um novo tipo de alimentação para placas gráficas, que permite fornecer até 600 W, face aos 150 permitidos pela actual PCIe de 6 + 2 contactos.

PCIe 5.0 12VHPWR
O elemento de destaque da nova ATX 3.0 é a ficha PCIe 5.0 12VHPWR, um encaixe de dezasseis contactos que servirá, em exclusivo, para alimentar placas gráficas, até uma potência máxima de 600 W. Esta, é composta por um total de doze contactos para passagem de corrente e quatro mais pequenos para uma comunicação digital entre os componentes; agora, a placa gráfica é informada da capacidade disponível na fonte de alimentação, para ajustar o seu funcionamento em tempo real. Juntamente com esta ficha, é introduzida a tecnologia Power Excursions, que faz com que a PCIe 5.0 12VHPWR seja capaz de lidar com picos de corrente que podem chegar aos 200 % do total da capacidade máxima suportada, durante um curto período. Por exemplo, uma placa gráfica que consuma 600 W poderá receber um pico de corrente de 1800 W durante cem microssegundos.

Eficiência energética
Para conseguir cumprir com futuras normas governamentais relacionadas com o consumo de energia, a Intel também tem uma tecnologia muito interessante, que poderá ou não ser integrada nas novas fontes ATX 3.0. Trata-se da norma ATX12VO 2.0, que usa um conector de dez contactos para a motheboard, essencial para a função I_PSU%. A sua função é determinar, em tempo real, a energia necessária para alimentar o sistema, ajustando o desempenho do mesmo tendo em conta a energia disponibilizada pela fonte de alimentação. Para integradores de sistemas, esta norma permitirá, inclusive, simplificar as fontes, para que as mesmas apenas convertam o sinal da corrente AC de 230 V para DC de 12 V, alimentado a motherboard exclusivamente com esta voltagem. A partir daí, será responsabilidade da motherboard fazer a respectiva conversão da corrente para as linhas de 3.3 V e 5 V, que ainda não necessárias para outros componentes e periféricos, como USB.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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