Avanço na tecnologia de baterias solid-state pode aumentar muito a sua longevidade

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 2 min

Uma equipa de investigadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, e da Yokohama National University identificou um novo tipo de eléctrodo positivo que pode ser usado para construir baterias solid-state com uma longevidade muito maior que as actuais.

As chamadas baterias “solid-state” têm este nome porque usam eléctrodos e electrólitos sólidos em vez do electrólito em forma de gel que é usado nas baterias de iões de lítio. Por isto, esta tecnologia pode ser uma grande evolução em relação à das baterias iões de lítio. No entanto, as baterias solid-state têm ainda um problema de durabilidade, porque quando são carregadas repetidamente acabam por se danificar e, por isso, ainda não são usadas em aplicações comerciais.

O problema da durabilidade parece estar prestes a ser resolvido, porque durante os testes feitos pela equipa de investigação, uma bateria solid-state de 300 mAh, com o novo eléctrodo positivo não sofreu qualquer degradação após várias centenas de ciclos de carga e descarga.

Segundo Neeraj Sharma, um dos investigadores da Universidade de New South Wales disse que a ausência de degradação da bateria após 400 ciclos, é indicativa do desempenho superior deste novo material, em comparação com os que foram usados nas baterias solid-state até agora. Esta descoberta também tem o potencial de reduzir substancialmente o custo das baterias, o que, segundo Sharma, pode fazer avançar bastante o desenvolvimento de novos veículos eléctricos.

Muitos especialistas, pensam que a tecnologia de iões de lítio já chegou ao seu potencial máximo e que as baterias solid-state vão ser o próximo padrão da indústria.

Não são apenas os automóveis eléctricos que vão beneficiar deste avanço, as baterias dos smartphones também se degradam ao longo do tempo e essa degradação tem impacto no desempenho no longo prazo.

As conclusões desta investigação foram publicadas no jornal Nature Materials.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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