Asus TUF Dash F15 (2022)

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 8 min
Imagem - Asus

A Asus tem uma opção de computador para praticamente qualquer utilização e bolsa. Desde máquinas caríssimas que têm tudo o que de melhor se pode encontrar no que respeita a componentes, a máquinas de trabalho que custam relativamente pouco.

O TUF Dash F15 é uma máquina para jogos, em que a Asus fez alguns compromissos ao nível do hardware, para a colocar numa gama de preços mais apetecível para as pessoas que tenham orçamentos mais limitados.

Por dentro

O processador é um Intel Core i5 de 12ª geração que funciona a 2GHz, mas que pode chegar ao 4,4 GHz e tem 8 núcleos: 4 para desempenho e 4 para tarefas menos exigentes.

A memória RAM DDR5 tem 8 GB de capacidade, como está instalada em dois slots, pode ser ampliada até 32 GB. A ASUS disponibiliza quatro opções de gráfica dedicada, no caso da unidade que nos foi enviada, é uma Nvidia GeForce RTX 3050 e está acompanhada de 4 GB de memória GDDR 6. Estes computadores podem vir também com GeForce RTX 3050 Ti, 3060 e 3070. Naturalmente, nestes casos o preço será um pouco mais alto.

O interior do Asus TUF Dash 15. Ao centro vêem-se os slots da memória e de cada lado estão os slots para os SSD NVMe (o da esquerda está povoado).

No que respeita ao armazenamento, esta unidade tem um SSD NVMe com 512 GB de capacidade, mas como não está soldado à motherboard, também o SSD pode ser trocado para uma unidade com um pouco mais de espaço, se for necessário. Em alternativa, pode instalar-se um segundo SSD M.2 NVMe para complementar o que está incluído.

Tanto no caso da memória, como no do SSD, o facto de poderem ser substituídos é uma excelente notícia, porque isto permite aumentar um pouco a vida útil do computador quando for necessário.

Por fora

Por fora, o TUF Dash F15 é uma máquina muito bem construída. O exterior do chassis é feito com dois materiais diferentes. Na parte de baixo e a peça que rodeia o teclado são em plástico com acabamento preto mate. O exterior da tampa é em metal e também têm um acabamento preto mate. Gostei particularmente do apontamento de design que está na parte de baixo do ecrã: a peça não corre a toda a largura do computador e assim cria uma abertura que fica visível quando o ecrã está na posição de utilização. É nesta zona que estão os LED que indicam a actividade do sistema de armazenamento.

O ecrã LCD com tecnologia IPS tem 15,6 polegadas e oferece uma resolução de 1920 X 1080. Como se trata de uma máquina de jogos, a taxa de actualização é variável e pode chegar até aos 144 Hz. A Asus tem mais duas opções de ecrã com o mesmo tamanho, mas uma resolução (2560 x 1440) e taxa de actualização maiores (165 Hz) e FullHD com uma taxa de actualização de 300 Hz.

A qualidade da imagem é interessante e as cores são vivas, sem ter a saturação (por vezes demasiada) típica dos ecrãs OLED. O facto de ter uma resolução FullHD pode ter alguma influência nos resultados dos testes com jogos, isto porque quanto menos píxeis o ecrã tiver, menos esforço a gráfica terá de fazer para os animar. Mas já lá vamos.

O teclado do Asus TUF Dash 15.

O teclado é retroiluminado e tem um toque excelente. Como se trata de um computador para jogos, as teclas WASD (usadas normalmente para controlar o movimento em vários tipos de jogos) são transparentes para sobressaírem no meio das teclas pretas. A presença de um teclado numérico, também é um aspecto muito bem-vindo.

O único reparo vai para a tecla Enter, que é pequena e está muito junta à do til. Isto vai requerer alguma habituação. O trackpad tem uma dimensão adequada e deixa bastante espaço para apoiar os pulsos enquanto escreve ou joga.

Entradas e saídas

Não se pode dizer que a versão 2022 do TUF Dash 15 não tem muitas entradas onde ligar periféricos. Estão presentes duas USB Type-A (USB 3.2) e duas USB Type-C. Uma é compatível com Thunderbolt 4 e DisplayPort. A outra também é compatível com DisplayPort, power Delivery e G-Sync da Nvidia. Como não pode deixar de ser num computador de jogos, também está presente uma entrada RJ-45 para a ligação de rede com fios e o habitual jack de 3,5 mm para ligar um headset. Por fim, o Asus TUF Dash 15 tem uma entrada HDMI 2.0b para ligar a um televisor ou monitor.

A conectividade sem fios permite a ligação a redes sem fios até à norma Wi-Fi 6 e a dispositivos até Bluetooth 5.2.

O conjunto pesa 2 kg, o que não sendo leve, também não dos computadores portáteis para jogos mais pesados que passaram por cá.

Desempenho

O TUF Dash 15 de 2022 é uma máquina versátil. Nos nossos testes de desempenho em produtividade, portou-se bastante bem, ficando classificada exactamente no mesmo lugar ocupado por computadores com o mesmo tipo de hardware. Nos jogos, nota-se a falta de genica do GPU 3050.

Por exemplo, se compararmos o Dash com ROG Zephirus (que tem uma 3070), o TUF conseguiu, em média, metade dos FPS do Zephirus, mas estamos a falar de um computador que custa cerca de 3 vezes mais que o TUF. Mesmo assim em todos os jogos que usámos, o TUF Dash 15 conseguiu manter-se na casa dos 50 FPS em média (no Tomb Raider conseguiu chegar aos 59). Já nos teste gráficos sintéticos (Fire Strike e Time Spy), o TUF portou-se melhor no Fire Strike (DX 11), que no Time Spy (DX 12). Estes testes servem para avaliar o desempenho dos gráficos em conjunto com o processador.

Nos testes de bateria, o TUF Dash conseguiu aguentar cerca de 6 horas a funcionar antes de ser necessário voltar a ligá-lo à corrente. Não sendo um resultado espectacular, não foge muito do que se consegue com outros computadores para jogos.

Uma das coisas que notam bastante, quando o computador está a braços com tarefas mais complexas, é o barulho das ventoinhas. Por isso, para jogar, aconselhamos vivamente usá-lo com auscultadores.

PCMark 10
Geral

PCMark 10
Bateria (Minutos)

3D Mark
Fire Strike

3D Mark
Time Spy

Far Cry 6 (1080p Ultra)
FPS

Shadow of Tomb Raider (1080p Highest DX12)
FPS

6392

322

12498

5345

51

59


Distribuidor: Asus

Preço: €1199

Etiquetas:
Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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