Objectivas

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min
Hermes Rivera/Unsplash

No passado, já lhe explicámos como funciona um sensor de imagem – faltava explicar o que são as objectivas. Basicamente, são pequenos tubos com um conjunto de lentes que, devido à sua disposição, garantem a captação de uma imagem com uma determinada distância focal, distância essa que corresponde, em milímetros, à distância entre o ponto de convergência da luz e a superfície do sensor de imagem.

Isto significa que, quanto maior for a distância focal da objectiva, menor será o ângulo de visão da imagem, o que por sua vez corresponde a uma maior “aproximação” dos objectos focados. Para poder controlar melhor a quantidade de luz captada, temos de regular o diafragma da objectiva, um conjunto de lâminas sobrepostas, que permitem reduzir ou aumentar a passagem de luz. Quanto maior a abertura, maior será a quantidade de luz passada num curto período de tempo: isto também permite desfocar o fundo (efeito bokeh) e focar objectos (ou pessoas) em primeiro plano.

Lentes
Tendo em conta os efeitos de óptica que ocorrem no interior da objectiva, é essencial a aplicação de diversas lentes, cada qual com características próprias, para reduzir ao máximo as aberrações ópticas. É, por isso, natural encontrarmos lentes como as asféricas, com a sua curvatura irregular (e não esférica), lentes convexas, bicôncavas, biconvexas e outras. Algumas utilizam materiais muito específicos, como fluorite em vez de vidro, para uma menor dispersão dos raios UV e infravermelhos, algo que os fabricantes tendem a chamar de ‘lentes de UD’ (ultra dispersão). Isto também permite reduzir os efeitos das aberrações cromáticas, algo que ocorre naturalmente nas lentes tradicionais de vidro.

Mecanismos
No interior de uma objectiva, além dos elementos ópticos, existem os mecânicos. Estes, permitem regular um determinado número de lentes, seja para fazer zoom (onde é alterado o ponto de convergência no interior da lente, para aumentar a distância focal), seja para ajustar ligeiramente o ponto de convergência no interior da lente, garantindo assim uma focagem correcta do objecto a fotografar. No primeiro caso, esse mecanismo tanto pode ser interno, como externo – ou seja, o efeito de zoom pode ser aplicado através da extensão do corpo da objectiva. Contudo, no que toca ao sistema de focagem, é sempre realizado internamente, pois apenas precisa de mover alguns elementos ópticos. Praticamente todas as objectivas actuais usam motores de focagem automática, muitos deles silenciosos e ultrarrápidos, essenciais para um desempenho rápido e preciso, especialmente em captação de vídeo.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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