YouTuber cria um ‘aimbot’ por hardware

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Robot that makes me an Aiming Pro | Physical Aimbot

Não há nada pior que jogar contra quem usa um ‘aimbot’, um programa de batota para videojogos, que faz com que cada vez que o utilizador dispare acerte sempre no alvo. Esta uma das coisas mais frustrantes dos jogos multiplayer online, por isso praticamente todas as editoras de jogos estão a implementar soluções para evitar ou limitar a sua utilização, desde as que expulsam os utilizadores deste tipo de software, até ás que os tornam cegos e surdos para o que se passa na arena de jogo. Estes sistemas funcionam maioritariamente através da detecção do software dos ‘aimbots’ e também através da análise do comportamento dos utilizadores durante o jogo. Mas, e se fosse possível construir um ‘aimbot’ totalmente que dispensasse o software?

O YouTuber Kamal Carter, quis experimentar criar um ‘aimbot’ por hardware. O robô construído por ele usa um rato normalíssimo, montado numa peça rectangular que tem quatro rodas em cada lado, que permite que o rato se mova em cima da mesa com a precisão necessária para conseguir disparar e acertar nos inimigos que vão aparecendo no ecrã. Para saber para onde deve disparar, o robô lê capturas de ecrã do jogo, analisa as cores para detectar o inimigo que está mais perto e depois clica no botão esquerdo do rato para disparar.

O projecto demorou dois meses a construir e a afinar o software. Se pensa que este é o futuro dos ‘aimbots’, e que em breve vai ter de defrontar um batoteiro que o consegue eliminar sempre, mesmo que esteja com uma chávena de café na mão, isso será pouco provável. O robô construído por Kamal só funciona com o software de treino Aimlab e também porque o sistema de análise da imagem é lento demais para ser eficaz durante sessões de jogos, em que o tempo de reacção tem de ser rapidíssimo. Outra curiosidade, é o facto de embora o robô seja capaz de bater os scores de Kamal (e da grande maioria de nós, mortais) no Aimlab, não se porta assim tão bem quando compete contra jogadores profissionais. E mesmo que todos os desafios técnicos fossem ultrapassados, os sistemas anti-batota dos jogos conseguiam perceber que o jogo estava a ser jogado por um robô por causa das funcionalidades de análise comportamental durante o jogo.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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