Mykhailo Fedorov: o ministro da transformação digital da Ucrânia pediu à Apple, Google, Netflix e PayPal para “bloquear” a Rússia

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 3 min
©Ukranian News

Mykhailo Fedorov tem usado a sua conta no Twitter para revelar os pedidos que tem feito a algumas das maiores empresas tecnológicas para ajudar o país e cortar o acesso de vários serviços à Rússia.

Além das mensagens, Mykhailo Fedorov mostra ainda digitalizações das cartas que tem enviado pessoalmente aos líderes das empresas – uma delas, uma das primeiras, de uma série de contactos que o ministro tem feito, foi a Tim Cook, CEO da Apple.

©thedigital.gov.ua | A carta que Mykhailo Fedorov enviou a Tim Cook.

«Entrei em contacto com Tim Cook para pedir que bloqueasse o acesso dos cidadãos da Federação Russa à Apple Store e apoiar o pacote de sanções do governo dos EUA!». Na carta, partilhada com o tweet, Fedorov acredita que Tim Cook vai «fazer tudo para proteger a Ucrânia, a Europa e todos os países democráticos da sangrenta e autoritária opressão», referindo-se à Rússia.

Seguiram-se depois, tweets com um apelo semelhante à Google, Netflix e YouTube, ou seja, pedidos para cortar estes serviços na Rússia. Em relação à plataforma de vídeos, Mykhailo Fedorov pede especificamente que sejam bloqueados canais de propaganda russa: Russia 24, TASS e RIA Novosti. «Se têm medo da verdade, temos de parar esta corrente de mentiras venenosas».

©Twitter / DR.

Até agora, as empresas em questão ainda não tomaram acções em linha com os pedidos do ministro da transformação digital da Ucrânia, embora Fedorov tenha partilhado uma decisão do YouTube: o canal Russia Today deixou de poder ganhar dinheiro com os vídeos.

Um pedido que teve resposta no mesmo dia (26 de Fevereiro) foi o que Mykhailo Fedorov fez a Elon Musk pelo Twitter para activar a rede de Internet por satélite StarLink na Ucrânia, com o CEO da Tesla a prometer mais «terminais» para que seja possível um acesso mais fácil.

Na timeline de Mykhailo Fedorov podem ser vistos ainda tweets dirigidos à Rakuten (que tem o Viber), ao PayPal, à Meta (Facebook e Instagram, que já anunciou tomada de acções), à Visa e à Mastercard.

Além destas iniciativas, o ministro anunciou ainda a criação do Exército TI da Ucrânia (com um canal no Telegram), com o objectivo de recrutar «talentos digitais» para dar apoio naquela que será também uma guerra travada online.

Por: Ricardo Durand Editor
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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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