Segurança vs. Liberdade

Por: André Rosa
Tempo de leitura: 2 min
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Começamos com uma excelente notícia: o Tribunal Constitucional chumbou a nova lei do cibercrime.

Se, por um lado, na Europa, a lei que põe bots a varrer as comunicações privadas passou no parlamento, por cá tentava-se algo pior: que as forças policiais tivessem acesso às comunicações de forma indiscriminada, sem necessidade de autorização por parte de um juiz.

Claro que isto nunca poderia ser constitucional e ainda bem que foi enviado para o TC e chumbado. Há limites para tudo – como dizia Benjamin Franklin: «Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança».

O problema é que isto ainda é o inicio, tanto pelo lado europeu, como pelo português: vão sempre existir tentativas de passar leis deste tipo (por exemplo, não vai faltar muito para virem aí as câmaras de vigilância em massa, nas ruas). Vão tentar sempre acenar-nos com o “rebuçado” da segurança.

A Internet deveria ser um espaço de liberdade e de democracia digital, onde as vozes menos ouvidas se podem expressar. Não é com restrições que se vão mudar comportamentos, impedir crimes ou mesmo acabar com o discurso de ódio… a única coisa que pode impedir isto é o investimento na educação.

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Eu sou empreendedor, programador de apps mobile e de backends php e político. Fundador e Secretário Geral do Partido Pirata Português e Co-Fundador da Simdea.pt. Sou apaixonado pelo que faço, e adoro ajudar as pessoas. Nada é mais gratificante do que fazer parte de uma equipa com interesses semelhantes.
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