Surface Laptop 4

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

O novo computador Surface Laptop 4 é, provavelmente, um dos portáteis mais bem construídos que passaram por cá nos últimos tempos. Contudo, não sou um grande admirador do tradicional tecido que a Microsoft decidiu usar à volta do teclado, porque a probabilidade de ficar sujo e de se descolar com o tempo é muito elevada.

Metal em todo o lado
O computador é todo feito em metal, com a saída do sistema de refrigeração na parte de trás, por baixo do ecrã (à la Apple). Este tipo de refrigeração é muito útil, porque permite instalar as ligações dos lados, mas acaba por fazer com que o computador aqueça um pouco mais em condições de carga suplementar de processamento. O Surface Laptop 4 tem as mesmas entradas que o da geração anterior (USB Type-A, USB Type-C e jack de 3,5 mm, para os auscultadores). A entrada para o carregador é a habitual Surface Connect, que, além de permitir a ligação do transformador, permite aumentar a quantidade de ligações USB – infelizmente, serve apenas para o fornecimento de energia. Como noutros casos, também neste não se consegue perceber porque é que não foi substituída por uma ligação USB-C (standard), que também é usada para o carregar a bateria.

AMD chega ao Surface
O Surface Laptop 4 pode ter processadores Intel de 11.ª geração (Core i5 ou Core i7) ou AMD Ryzen Microsoft Surface Edition, que, na realidade é um Ryzen 5 4680U. Ambas as soluções incluem processador gráfico integrado: Iris Xe, no caso dos processadores Intel; ou Radeon, no caso dos processadores AMD. A memória RAM pode ir dos 8 ao 32 GB e o armazenamento, dos 256 GB a 1 TB – a unidade que testei tinha um Intel Core i5-1135G7, 8 GB e 512 GB de espaço em disco.

Nos testes, o facto de ter um processador i5 de gama média nota-se e não é pouco. Nos testes de produtividade ficou um pouco acima dos resultados obtidos por um processador semelhante da geração anterior, mas não muito. Nos testes gerais, passou-se o mesmo.

O Surface Laptop 4 brilha no tempo de vida da bateria. Cum uma carga completa, consegue trabalhar em aplicações durante treze horas e meia. Se se utilizar o mesmo método de testes de bateria que os fabricantes (reprodução de vídeos), poderá durar ainda mais.

Nos testes gráficos, naturalmente, o processador Iris fica sempre abaixo dos resultados conseguidos por uma gráfica mais “a sério” (para ter uma ideia, é uma diferença de cerca de cinco mil pontos), quanto mais não seja por ter de usar a memória RAM do sistema, que é substancialmente mais lenta que a memória desenhada especificamente para gráficos. Ainda assim, o resultado consegue ser melhor que o obtido com um GPU Intel da geração anterior.


Distribuidor: Microsoft

Preço (unidade testada): €1499


Benchmarks

  • PCMark 10: 4189
  • PCMark 10 Produtividade: 5870
  • PCMark 10 Bateria (Minutos): 799
  • 3DMark Cloudgate: 15208

Ficha Técnica

Ecrã: PixelSense de 13,5” (2256 x 1504 – 201 ppp)
Processador: Intel Core i5-1135G7 com 4 núcleos (8 threads), 2,4 GHz (4,20 GHz em modo turbo)
Memória: 8 GB de RAM LPDDR4x
Placa gráfica: Intel Iris Xe Graphics
Armazenamento: SSD 512 GB
Ligações: USB-C, USB-A, jack de 3,5 mm, Surface Connect, Wi-Fi 802.11ax, Bluetooth 5.0
Dimensões: 308 × 223 × 14,5
Peso: 1,2 kg

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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