Estados Unidos vão ter teste rápido à COVID-19 que envia resultados directamente para o smartphone

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

A administração Biden fez do combate à pandemia a sua prioridade principal, como parte desses esforços, o Departamento de Defesa e o Departamento de Saúde atribuíram um subsídio de 230 milhões de dólares à empresa de biotecnologia australiana Ellume, para produzir um teste rápido à COVID que demora 15 minutos a enviar o resultado directamente para o smartphone da pessoa testada.

A Ellume não passou por todo o processo de aprovação da FDA, mas recebeu uma autorização de emergência para este teste específico em Dezembro passado, que tem uma precisão de 95 por cento no diagnóstico de infecções pelo vírus SARS-CoV-2. Quando chegou aos Estados Unidos, a Ellume apenas fabricava 16000 testes por dia. Com a entrada do subsídio do governo americano, a empresa planeia produzir 19 milhões de testes por mês no final de 2021. Entre Fevereiro e Julho, a Ellume espera distribuir 100000 kits de teste por mês.

Como muitos outros testes à COVID, o teste da Ellume utiliza uma zaragatoa que é inserida no nariz para recolher a amostra a testar. Mas, neste caso, a zaragatoa apenas vai até ao meio do seio nasal, o que torna este teste menos desconfortável que os tradicionais. O kit, que estará disponível em venda livre, inclui uma zaragatoa de uso único, um frasco com os reagentes, um recipiente de mistura e um dispositivo analisador.

O analisador tem um rádio Bluetooth que liga com a app da Ellume, que está disponível para iOS e Android. A aplicação inclui ainda instruções animadas, que explicam como fazer o teste. Este teste funciona através da ligação de produtos químicos fluorescentes com o exterior do vírus. Quando o liquido é aplicado a uma fita de papel no analisador, o dispositivo lê a fluorescência a partir de várias secções da fita para determinar a presença de antigénios ao vírus. Se a assinatura luminosa chegar a um determinado nível, o teste é positivo.

Em 15 minutos, o resultado é enviado através de Bluetooth para o smartphone da pessoa que fez o teste. Segundo a empresa, esta técnica é muito precisa, mas os indivíduos assintomáticos têm hipóteses de receberem um resultado falso negativo. Neste caso, se o teste for positivo deve ser feito um segundo por outro método.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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