Huawei Mate 40 Pro

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 5 min

Devo confessar que sempre fui adepto da família Mate, tendo chegado a adquirir modelos como o Mate 8 e o Mate 9, portanto foi com alguma curiosidade que aguardava por testar este novo Mate 40 Pro. Visualmente, este novo smartphone impressiona, graças à combinação de uma estrutura em alumínio com painéis de vidro (Gorilla Glass 6), tanto à frente como atrás. Mas estes não são meros painéis de vidro: o traseiro tem um agradável acabamento mate, o que ainda assim não o impede de ficar marcado com dedadas.

Porém, é à frente que este Mate 40 Pro se diferencia verdadeiramente, com o seu ecrã cascata, tal é a intensidade e dimensão da curvatura nos painéis laterais.

Embora seja um efeito muito elegante, acaba por ser estranho de utilizar em determinadas situações, como a escrever mensagens, já que a zona do teclado virtual está parte da curvatura não funciona. Aqui, os botões físicos para regulação do volume estão deslocados ligeiramente para trás, facilitando a utilização em algumas situações, como durante uma chamada telefónica. Lamento, mas a solução de botões virtuais de regulação de volume no P40 Pro não fazia sentido algum.

Multimédia
O ecrã OLED de 6,76 polegadas tem uma qualidade de imagem excelente, uma elevada resolução e uma taxa de actualização máxima do ecrã de 90 Hz, passível de ajuste para os 60 Hz (para poupar bateria) – também pode deixar que o sistema escolha a melhor solução, optando pelo modo dinâmico.

Este ecrã acaba por ser fundamental para tirar total partido do sistema de câmaras. Curiosamente, estas são, na sua essência, as mesmas do P40 Pro, ou seja, um sensor principal RYYB de 50 MP de grandes dimensões (1/1.28”) com pixeis individuais de 1,22µm (2,44 µm, quando combinados) e um telefoto de 12 MP com sistema de periscópio para recriar um efeito de zoom óptico de 5x. Já o sensor da ultragrande angular é totalmente novo: 20 MP com formato 3:2 (como as câmaras fotográficas), que nos deu fotografias com um detalhe, alcance dinâmico e baixo ruído como nunca encontrei até hoje, num smartphone.

À frente, temos um sensor de 13 MP acompanhado pelo módulo da câmara TOF 3D (Time Of Flight), essencial para o reconhecimento facial mais preciso, rápido e seguro. Até no vídeo o novo Mate 40 Pro brilhou, tendo apenas uma falha: não grava vídeo a 8K. Mas será que isso faz mesmo falta?

Desempenho
O Mate 40 Pro conta com o novíssimo processador Kirin 9000 5G, um processador de 5 nm com oito núcleos, em que o principal (Cortex-A77) funciona a 3,13 GHz. Associado aos 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento do tipo UFS 3.1, garantiu resultados excepcionais nos testes, ao nível do Snapdragon 865+, ou seja, muito superiores ao Exynos 990 utilizado pelo rival Galaxy Note20 Ultra. Até a bateria de 4400 mAh tem uma maior autonomia e é compatível com carregamento rápido até 66 W (com transformador fornecido) e 50 W (carregamento sem fios).

Deixei o pior para o fim, ou seja, a ausência dos serviços Google. Esta ausência faz com que muitos serviços e aplicações que damos como garantidos continuem a não funcionar em terminais da Huawei, devido às sanções ainda em vigor. É certo que a Huawei tem feito um trabalho notável no reforço da sua loja de aplicações AppGallery, mas esta continua a não ser tão completa como a da Google, embora algumas aplicações inexistentes na AppGallery já possam ser instaladas através do Petal Search, como o Spotify e a Netflix, entre outras.


Distribuidor: Huawei

Site: consumer.huawei.com/pt

Preço: €1249,90


Benchmarks

  • 3D Mark Ice Storm Unlimited: 100 128
  • Antutu Benchmark: 684 769
  • PCMark Work 2.0 :13 021
  • PCMark Work 2.0 Battery: 883 minutos

Ficha Técnica

Processador: Kirin 9000 5G (1x 3,13 GHz + 3x 2,54 GHz + 4x 2,05 GHz)
Memória: 8 GB
Armazenamento: 256 GB (expansível por cartão NM)
Câmaras: 50 MP f/1.9 + 20 MP f/1.8 + 12 MP f/3.4 (traseira); 13 MP f/2.4 (frontal)
Ecrã: 6,76” OLED 90 Hz (2772 x 1344) 456 ppi
Bateria: 4400 mAh
Dimensões: 162,9 x 75,5 x 9,1 mm
Peso: 212 gr

Seguir:
Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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