Cooperação internacional entre polícias leva à desactivação de três serviços de VPN

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

Autoridades policiais dos Estados Unidos, Alemanha, França, Suíça e Holanda apreenderam esta semana os domínios e servidores usados por três serviços de VPN que eram usados para disfarçar actividades criminosas através da Internet.

Os três serviços estavam activos através dos domínios insorg.org, safe-inet.com e safe-inet.net até à passada Segunda-Feira, quando foram apreendidos pelas autoridades que substituíram as respectivas páginas por avisos de apreensão.

Os serviços estavam activos há mais de uma década e acredita-se que fossem operados pelo mesmo indivíduo, ou grupo, que era muito publicitado em fóruns ligados ao cibercrime em língua russa e inglesa. Os serviços em questão eram oferecidos por 1 euro por dia ou 155 euros por ano.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Europol, os servidores das três empresas eram usados habitualmente para mascarar as identidades reais de gangues ligados a ataques de ransomware, grupos dedicados a web skimming, phishing e roubo de contas, permitindo a utilização da Internet através de proxies com até 5 níveis.

As autoridades descrevem os três serviços como “serviços de hosting à prova de bala”, um termo utilizado para descrever empresas que fornecem acesso à Internet que não desactivam conteúdos criminosos apesar de lhes ser pedido repetidamente que o façam.

Esta semana foram apreendidos servidores em 5 países onde os fornecedores de serviços VPN tinham conteúdos. A Europol diz que vai analisar a informação que está nesses servidores para identificar e processar alguns dos utilizadores destes serviços.

Esta investigação, a que foi dado o nome “Operation Nova” foi coordenada pela Europol e liderada por agentes do quartel general da polícia de Reutlingen na Alemanha,

Segundo Udo Vogel, chefe da polícia a Reutlingen: “A investigação levada a cabo pelos nossos especialistas em cibercrime foi bem-sucedida graças à cooperação com os nossos parceiros de todo o mundo. Os resultados mostram que as autoridades policiais têm as mesmas competências que os criminosos.”

Não foi anunciada qualquer acção legal contra os responsáveis pelos três serviços de VPN.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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