Starlink inicia fase de testes que custa 99 dólares por mês

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

O serviço de acesso via satélite à Internet Starlink da SpaceX já está a ser testado em alguns estados dos Estados Unidos. Para já, os beta testers vão ter de pagar pelo serviço 99 dólares por mês (cerca de 84 euros ao câmbio de hoje) e também vão ter de comprar o hardware necessário para a ligação aos satélites, que custa 499 dólares (cerca de 425 euros ao cambio de hoje). De acordo com uma notícia da CNBC, a empresa enviou uma mensagem de email aos potenciais beta testers que se inscreveram no site da empresa para receber mais informação sobre o serviço.

Seguindo a tradição de dar nomes com algum humor aos veículos onde aterram os foguetões, que se chamam ‘Just read the instructions’ (“Basta Ler as Instruções”) e ‘Of Course I Still Love You’ (“Claro que Ainda te Amo”), a Space X chamou a esta fase de testes ‘Better Than Nothing Beta’ (“Beta melhor que nada”). Em simultâneo com o início de esta fase de testes, a Space X disponibilizou apps para dispositivos móveis iOS e Android que permitem o controlo da ligação ao serviço.

Segundo o email enviado pela empresa, o nome para a fase de testes foi pensado também para tentar limitar um pouco as expectativas dos consumidores, porque espera que, neste momento a qualidade do serviço seja intermitente. As velocidades de acesso disponibilizadas vão variar entre os 50 e os 150 Mbps e a lantência das ligações estará entre os 20 e os 40 ms nos próximos meses. A empresa avisa também que o serviço até poderá ser interrompido sem aviso prévio.

As aplicações para dispositivos móveis permitem identificar o melhor local para instalar a antena para receber o serviço e ajuda a verificar se existem algumas obstruções que possam impedir o sinal de ser captado. Também incluem instruções que explicam como instalar o hardware, fazer testes de desempenho da ligação e permitir a comunicação com o serviço de apoio ao cliente.

A SpaceX começou a lançar os seus satélites e Maio de 2019 e já tem mais de 800 em órbita desde essa altura. Segundo o astrofísico Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center, cerca de 3 por cento dos satélites que foram lançados não estão a responder aos comandos do centro de controlo em terra, mas também diz que esta taxa de falhas não é crítica. A Space X espera que quando o serviço estiver operacional possa permitir o acesso à Internet em todo o planeta, mesmo nas áreas mais remotas.

A fase de testes “Better Than Nothing Beta” está disponível agora em algumas regiões dos Estados Unidos e Canadá e noutras partes de mundo em 2021.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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