Microsoft Flight Simulator

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 4 min

Flight Simulator é, para mim, um jogo muito especial, tendo sido o primeiro que comprei, em 1993 (tinha doze anos), tendo continuado a comprar todas as versões seguintes, assistindo constantemente à evolução da série, evolução essa que estagnou desde que a Microsoft lançou a sua última versão, Flight Simulator X em 2006.

A Aces Game Studio, equipa responsável por esse título, foi, entretanto, afastada devido a reestruturações na Microsoft, o que permitiu que grande parte da equipa tenha sido contratada pela Lockheed Martin, para a criação de Prepar3D. Mas este não seria o fim da série Flight Simulator, uma vez que esta acaba de receber uma nova versão, criada pelos habilidosos programadores da Asobo Studio, que recorreram às poderosas ferramentas disponibilizadas pela Microsoft para criar um jogo verdadeiramente revolucionário.

Uma nova geração
Foi graças à utilização das tecnologias Microsoft que a Asobo conseguiu criar um motor gráfico único, o ACE (Asobo Conception Engine), que recorre a dados topográficos e texturas captadas pelos satélites do Bing Maps. A todos estes dados, como a representação tridimensional do terreno, a vegetação, edifícios e a água gerados via inteligência artificial pela tecnologia Microsoft Azure, ao qual se juntam dados em tempo real, como informações de trânsito (aeronaves a voarem) e climatéricas.
Isto significa que, pela primeira vez na história, conseguirá sobrevoar por todo o planeta, usando cenários reais, em situações reais.

Como se isto não bastasse, também as aeronaves são de um realismo ímpar, tanto a nível de exterior, com em todos os mecanismos, que funcionam de uma forma impressionantemente detalhada, desde os flaps ao trem de aterragem. Melhor que isto só se a Microsoft disponibilizasse liveries (pinturas) para além das disponibilizadas, que são apenas as dos fabricantes (Airbus, Boeing, etc).

Falta apenas referir que existem três variantes do jogo, que se diferenciam pelo número de aeronaves disponibilizadas, 20 para a versão base, 25 para a versão Deluxe e 30 para a versão Premium Deluxe, bem como um número específico de aeroportos em que a sua representação está mais realista, detalhada e fidedigna, com 30 aeroportos, 35 e 40, respectivamente.

O Aeroporto Cristiano Ronaldo, no Funchal, pertence à lista dos aeroportos mais detalhados para a versão base, sendo este inclusive um dos desafios complexos (aterragem com ventos fortes) do jogo.

Feito para todos
Embora eu seja aquilo que se possa considerar de “aviation geek”, reconheço que Flight Simulator está feito de forma a que todos o possam jogar. Não existindo propriamente dito um nível de dificuldade, é através dos diversos assistentes que se consegue aumentar a dificuldade, e tornar a experiência de voar numa aeronave mais realista, estando disponíveis todas as ferramentas para que tanto pilotos profissionais como amadores que experimentam pela primeira vez, consigam desfrutar de tudo aquilo que Flight Simulator tem para oferecer.

Tão facilmente estará a voar num ICON A5 em Nova Iorque, usando apenas um comando de Xbox, como estará a fazer uma viagem, seguindo todos os passos de preparação, com um Airbus A320neo, entre o Aeroporto do Funchal, e o aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris, usando o seu kit da Logitech, Saitek, Thrustmaster ou outro.


Editora: Asobo Studio

Distribuidora: Microsoft

Plataformas: PC e Xbox Series X (futuramente)

Site: flightsimulator.com

Preço: €69,99 (Standard), €89,99 (Deluxe), €119,99 (Premium Deluxe)


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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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