Samsung Galaxy M21

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 7 min

É inquestionável que as gamas médias da Samsung têm sido verdadeiros sucessos de venda, tendo o Galaxy A51 sido o smartphone mais vendido do Mundo durante o primeiro trimestre de 2020, mas a lista do Top 6 incluia ainda outros terminais da Samsung, como o Galaxy A10s e o Galaxy A20s.

Através destes resultados, bem como pelas limitações impostas globalmente para a venda tradicional de smartphones, onde alguns países ainda estão em confinamento devido à pandemia do COVID-19 e, como tal, com lojas físicas e grandes superfícies fechadas, a Samsung optou por criar um smartphone exclusivo para utilizadores online, o novo Galaxy M21, que é vendido apenas através de uma página online criada para o efeito.

Design

Relativamente ao equipamento em si, este terminal destaca-se por ser inspirado em modelos como o Galaxy A20s e M30s, este utiliza um corpo totalmente em plástico, sem que isso revele tratar-se de um terminal frágil, estando o mesmo disponível em preto ou azul com um acabamento brilhante, que teima em ficar facilmente marcado com dedadas. Embora seja um dispositivo verdadeiramente acessível, conta com a presença de um eficaz sensor de impressões digitais no painel traseiro, e uma ligação USB-C em baixo, tendo esta suporte para um carregamento rápido de até 15W (1.67A a 9.0v ou 2.0A a 5.0v), graças ao transformador fornecido.

Porém, se atrás este terminal não se destaca dos demais, à frente, quando ligamos o ecrã de 6.4 polegadas, rapidamente ficámos fascinados com a qualidade de imagem proporcionada pelo ecrã Super AMOLED, de resolução FHD+ (2340 x 1080 pixeis), que oferece uma densidade de 403 pixéis por polegada. Este ecrã possui um minúsculo entalhe no topo, em formato de gota de água (daí a designação Infinity-U), onde se encontra alojado um sensor frontal de 20 MP f/2.0, que tem a vantagem de suportar a captação de vídeo 1080p com HDR a 30 fotogramas por segundo.

Câmaras

Mas, já que falamos em câmaras, convém destacar a presença de um eficaz sistema de tripla câmara traseira, composta por um sensor principal de 48 MP f/2.0 de 1/2.0 polegadas (0.8µm por pixel), um sensor secundário ultra grande angular de 8 MP f/2.2 de 1/4.0 polegadas (1.12µm por pixel) e um terceiro sensor de 5 MP, f/2.2, fundamental para a medição de profundidade, para recriar um fundo desfocado convincente quando usado o modo Live Focus.

Em termos de qualidade de imagem, o sensor principal de 48 MP é responsável por imagens com uma qualidade surpreendente, sendo auxiliado pela activação do modo HDR, quando o sistema nota que o sensor está a limitar o alcance dinâmico desejado, embora por vezes essa intensificação possa ser algo exagerada, mas nada de anormal em equipamentos nesta gama de preço. Em modo nocturno comportou-se acima do esperado, embora existam limitações devido à dimensão do sensor e dos respectivos píxeis.

O sensor de ultra grande angular revela perda de detalhe nas extremidades e criar um notório efeito “barril”.

O mesmo não se pode dizer do sensor de ultra grande angular, que registou imagens meramente aceitáveis, quando as condições luminosas são as ideais, embora só a zona central da imagem esteja devidamente focada e nítida, com as extremidades a perderem demasiada informação. Dá para criar efeitos interessantes, para partilhar nas redes sociais, mas em situações mais extremas, a sua utilização não é recomendável. Em termos de vídeo, o sensor principal grava a 4K a 30 fps, mas terá que reduzir a resolução para 1080p se quiser usar estabilização de imagem. Estão ainda disponíveis modos de câmara lenta a 240 fps e 960 fps, mas ambos limitados a uma resolução de 720p.

Configuração e desempenho

Internamente este Galaxy M21 utiliza um SoC Exynos 9611, produzido pela própria Samsung a 10 nm, tendo o mesmo uma configuração de oito núcleos (4x 2.3 GHz Cortex-A73 e 4x 1.7 GHz Cortex-A53). Este SoC conta ainda com uma competente controladora gráfica Mali-G72 MP3, que em conjunto com os 4 GB de memória RAM, garantiram um desempenho idêntico ao do Galaxy A51, não fosse o facto de ambos utilizarem a mesma configuração.

Destaque ainda para a utilização da agradável interface One UI 2.0, instalada sobre o sistema operativo Android 10, que continua a ser uma das interfaces personalizadas que mais gostamos de usar. Mas nem tudo é perfeito, e existiram situações em que se notou alguma falta de fluidez na utilização deste terminal, quando estão abertas muitas aplicações, especialmente quando as mesmas são bastante pesadas, como é o caso do Facebook, YouTube e jogos.

Onde este Galaxy M21 se destacou foi no teste de autonomia do PCMark, ao conseguir quase 16 horas e meia de teste, o que permite antever que, com uma utilização quotidiana, a bateria possa chegar a durar até dois dias, desde que não abuse de aplicações mais exigentes, como aplicações de vídeo e jogos. E, se a isto juntarmos a capacidade de carregar a mesma de uma forma relativamente rápida, e do baixo preço pedido pela Samsung para este Galaxy M21, é impossível não ficarmos fascinados com tudo o que este terminal tem para oferecer.


Distribuidor: Samsung

Site: samsung.pt

Preço: €229


Benchmarks

  • 3D Mark Ice Storm Unlimited: 24 219
  • Antutu Benchmark: 177 856
  • PCMark Work 2.0: 5624
  • PCMark Work 2.0 Battery: 987 minutos

Ficha Técnica

Processador: Exynos 9611 (4x 2,3 GHz Cortex-A73 + 4x 1,7 GHz Cortex-A53)
Memória: 4GB
Armazenamento: 64GB UFS 2.1 (expansível por MicroSD)
Câmaras: 48 MP f/2.0 + 8 MP f/2.2 + 5MP f/2.2 (traseira),20 MP f/2.0 (frontal)
Ecrã: 6,4” Super AMOLED (2340 x 1080), 403 ppi
Bateria: 6000 mAh
Dimensões: 159 x 75,1 x 8,9 mm
Peso: 188 gr

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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