Resident Evil 3 Remake

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

Quando tenho de avaliar um remake de um qualquer jogo, mais ou menos icónico, vou sempre de pé atrás, porque há tanto por onde a coisa pode correr mal, que tenho algum receio de, devido às inevitáveis alterações que têm de ser feitas, se perca a mística do original.

Temos de admitir que mexer em Resident Evil, e trazer esta série para a década em que vivemos, requer coragem e muito cuidado para não estragar nada. O original foi lançado em 1999 e pode dizer-se que, se não soubesse isso, este remake passaria perfeitamente por um jogo pensado e lançado há um par de meses. A qualidade gráfica é excelente, as texturas são excelentes, a iluminação é excelente e o ambiente está a anos-luz daquilo que o original para a PlayStation alguma vez conseguiria transmitir.

Residente Evil 3 segue as aventuras de Jill Valentine e dos seus aliados, que querem sair de Racoon City, uma cidade que foi tomada por um vírus que transforma tudo o que lá vive em zombies. Pessoas e animais.

Para piorar as coisas Jill tem de defrontar Nemesis, um “super zombie” que está programado apenas para a apanhar e que não olha a meios para o conseguir. Pelo caminho, Jill ainda tem de defrontar Nikolai, um membro da Umbrella Corporation, a empresa que inventou o vírus, que quer manter secreta uma possível cura.

Em termos de jogabilidade, Resident Evil 3 apanha muito a mecânica do original e inclui muitas coisas que nos levam para 1999, como o inventário limitadíssimo, que nos obriga a fazer escolhas difíceis. Também mistura elementos de shooter, com puzzles simples e sobrevivência.

Não notei grandes problemas de maior com esta mecânica, tirando o facto de, por vezes, quando se tem de disparar à queima-roupa contra um inimigo, o tiro não regista. E isso, às vezes, é a diferença entre viver ou morrer.

Nemesis é um dos inimigos mais bem feitos e animados que tenho visto nos últimos tempos. Ao longo do jogo vai mudando e ganhando armas e truques que o tornam progressivamente mais complicado de parar. Já tinha saudades de vilões que o são só porque sim e não porque tiveram uma infância triste, ou qualquer outro aspecto do passado que justifique o facto de serem maus.


Editora: Capcom

Distribuidoras: Ecoplay

Site: residentevil.net

Disponível para: PS4, XBox One, PC Windows

Preço: €69,99 (PS4, XBox One), €59,99 (PC Windows)


Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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