Raspberry Pi

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 4 min

Lançado originalmente no início de 2012, o Raspberry Pi é o resultado do desenvolvimento de uma equipa de entusiastas e engenheiros do Reino Unido, que queriam criar um pequeno, mas versátil e poderoso computador, de fabrico simples e muito acessível, para promover a educação de técnicas de computação não só em instituições de educação, como para países em desenvolvimento.

Recorrendo a um formato bastante compacto, com 85,6 por 56,5 mm, na versão padrão, e 65 x 56,5 mm na versão compacta, este microcomputador consegue alojar um microprocessador com unidade de processamento gráfico integrado, memória cache, controlador USB com duas saídas (pelo menos), Ethernet LAN, memória RAM, leitor de cartão SD ou MMC como unidade de armazenamento e saída HDMI. A alimentação é realizada através de um transformador externo, com ligação Micro-USB (mais universal), similar ao utilizado por qualquer smartphone Android.

Computação básica
Inicialmente disponível em duas variantes, Model A e Model B, com o último modelo a destacar-se por oferecer maior número de ligações (como USB e Ethernet), actualmente só está disponível uma versão B, composta por um processador Broadcom BCM2711 de quatro núcleos (Cortex-A72) de 1,5 GHz, 1, 2 ou 4 GB de memória RAM, duas ligações USB 2.0 e duas ligações USB 3.0, Gigabit Ethernet, duas saídas Micro HDMI (com suporte até 4K), e ligação e alimentação universal USB-C (recomenda-se um transformador de 15 W).

Existem ainda as ligações internas MIPI Display Interface (DSI), para poder ligar um ecrã LCD interno, MIPI Camera Interface (CSI) para poder ligar uma câmara interna (normal ou infravermelhos), bem como a ligação de 40 contactos GPIO (General Purpose Input-Output) para acessórios, como módulos de TV e outros.

Em termos de sistema operativo, o Raspberry Pi está preparado para receber distribuições Linux optimizadas para o hardware presente, como o NOOBS (New Out Of the Box Software), ideal para iniciados, ou o Raspbian, uma distribuição baseada no Debian Buster, embora seja perfeitamente possível usar outros tipos de SO, como Windows 10 IoT Core, Ubuntu Core, OSMC, LibreELEC e outros.

Utilizações variadas
Disponível em várias lojas nacionais, ou através da página oficial (raspberrypi.org), o Raspberry Pi tem vindo a ser usado em diversos tipos de finalidades, incluindo as originais para o qual foi criado, como em instituições de educação para que os alunos possam aprender o básico em termos de programação (desde o Scratch ao HTML, CSS e Python) e robótica. É igualmente considerado como uma excelente ferramenta no desenvolvimento de projectos científicos, como o JPL Open Source Rover Project, apoiado pela NASA, em que um Raspberry Pi actuava como módulo de controlo de um Curiosity Rover. Em casa, o Raspberry Pi pode ser usado para automação de dispositivos, gerindo assim o consumo energético dos mesmos (como electrodomésticos). Uma das nossas aplicações preferidas é usar o Raspberry Pi como emulador de computadores e consolas de jogos clássicas, como aquelas que têm sido lançadas recentemente pela Nintendo (Nintendo Classic Mini e Super Nintendo) e pela SEGA (Sega Mega Drive Mini).

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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