288

Por: António Simplício
Tempo de leitura: 3 min

Olhe a lombada da revista PC Guia de Janeiro. O número dessa edição (288) chegou-lhe já de uma nova década. Faz também uma década a aventura empresarial que ainda hoje mantenho no desenvolvimento de software para esta área. Talvez já não se recorde, mas em 2009, e embora eu já andasse munido de um belíssimo iPhone 3GS a fazer evangelização aplicativiana, o modelo de telemóvel mais vendido nesse ano foi um Nokia 5230.

Os anos 10 foram a década do smartphone por isso venha daí e faça comigo um pequeno exercício de memória pelas aplicações que marcaram a década que revolucionou a forma como interagimos com um mundo digitalizado. O entretenimento terá sido das indústrias mais disruptivas. Pense Netflix e todos os que se lhe seguiram. Actores e actrizes mudaram-se do grande para o ecrã de 55 polegadas e até a sua box está povoada de apps.

Na música não há como fugir do Spotify. São mais de duzentos milhões os utilizadores mensais da plataforma de streaming, o consumo de música é esmagadoramente digital, o que obrigou os artistas a voltar à estrada. Daí que este ano tenhamos de fazer um mealheiro especial para os concertos já anunciados.

Esse mealheiro também já não será num porquinho de barro, mas certamente numa app de mobile banking ou similar que todas as semanas lhe coloca uns euritos de lado ou lhe arredonda o valor das compras para um cofre. MB Way, Revolut, Moey! já lhe permitem sair de casa sem a carteira e pagar uma noite reservada pelo AirBNB num dos novos alojamentos locais. Foram indústrias inteiras que mudaram o e no sector turístico: a aviação, a hotelaria e a restauração. Na década em que os chefs se tornaram superstars e os seus pratos ganharam dimensão planetária difundidos pelas redes sociais, os gigas de fotos tiradas através das quatro câmaras do seu smartphone ajudaram o Instagram a embelezar o entulho que se tinha tornado o Facebook. Também já não será nessa primeira rede social de Zuckerberg que se vai amigar do seu próximo amor. As ralações mantêm-se, mas a relações mudaram. O estigma do online dating mudou com o Tinder mas se ainda não teve sorte, porque não encontrou o seu match, descontraia; faça o seu minuto de respiração controlada seguido de mais um joguinho de Candy Crush. Whatsapp?

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