The Outer Worlds

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

Depois das alterações que a Bethesda fez à mecânica de jogo de Fallout com o lançamento de Fallout 76 (podia ter sido uma coisa grandiosa, mas acabou por ser um desastre), é bom ver que a Obsidian criou The Outer Worlds, um jogo que claramente vai buscar inspiração à mecânica original de Fallout, mas que está muitos furos acima do que a Bethesda consegue fazer hoje.

The Outer Worlds é um RPG em que o jogador faz parte de um conjunto de pessoas que procurou encontrar uma vida melhor noutro planeta, concessionado a uma empresa. O problema é que, quando a nave chegou a esse planeta, a empresa achou que não seria rentável trazer todas as pessoas para o solo e, por isso, deixou-as em órbita.

Anos mais tarde, um cientista acorda-nos e ajuda-nos a chegar à superfície. É aqui que começa a sua aventura; como seria de esperar, o objectivo é trazer o resto dos seus companheiros para o planeta.

Tal como noutros jogos deste tipo, o mundo de The Outer Worlds é completamente aberto e pode fazer as missões pela ordem que quiser, tirando, naturalmente, a missão principal. Em The Outer Worlds, as missões podem ser cumpridas de várias maneiras: aos tiros, falando/convencendo os NPC e, em certos casos, furtivamente. Tudo depende da forma como faz evoluir a sua personagem. A árvore de progressão faz lembrar a de Fallout com as habilidades e os perks que servem para lhes dar um impulso extra.

Humor negro
A história deste jogo está cheia de humor mais ou menos negro e de personagens cheias de presença e de carisma que lhe dão um colorido muito engraçado. As inevitáveis escolhas morais, que já existiam em Fallout, também estão presentes e têm consequências na forma como o jogo se desenrola.

Mas The Outer Worlds não é só um mar de rosas porque também há alguns problemas: o principal é o sistema de combate, porque lhe falta algum polimento. Até existe uma forma de atrasar o tempo, fruto do descongelamento rápido a que a nossa personagem foi sujeita. Isto faz lembrar muito VATS de Fallout, mas sem oferecer as mesmas possibilidades estratégicas, principalmente quando se está rodeado de inimigos.

Outro ponto que devia ser revisto prende-se com o sistema de inventário porque lhe falta as ferramentas que permitem a gestão de vários objectos em simultâneo.

No entanto, há aspectos que não existem em mais nenhum jogo deste tipo, como as fobias. Por exemplo, existem umas criaturas semelhante a cães que nos podem atacar – se isso acontecer muitas vezes, ficamos com medo delas. Isso influencia a eficácia das armas e das nossas habilidades quando estamos perante estes inimigos.

Graficamente, este jogo reproduz os ambientes estranhos que se esperam encontrar num planeta diferente da Terra e, não sendo excepcionais, são bastante bons, tanto ao nível dos cenários, como dos NPC.


Editora: Obsidian

Distribuidora: Obsidian

Site: outerworlds.obsidian.net

Disponível para: PS4, Xbox One, Windows

Preço: €59,99


Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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