Intel Optane

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 4 min

Nos últimos anos temos insistido que o melhor upgrade que poderá fazer a qualquer computador, seja ele de secretária, como portátil, é substituir o disco rígido mecânico tradicional por um SSD. O único problema desta mudança prende-se com o elevado preço destas unidades, especialmente as de maior capacidade, pois embora os SSD de 128 e 256 GB já estejam a preços bastante acessíveis, continuam a não conseguir bater o preço dos discos rígidos de 1 ou 2 TB.

Para resolver esse problema, a Intel revelou em 2017, em parceria com a Micron, uma nova tecnologia chamada Optane, que recorre a um módulo de memória de formato M.2 (como as unidades SSD) com uma capacidade mais reduzida (16, 32 ou 64 GB), o suficiente para funcionar em conjunto com a memória RAM do seu sistema, bem como o seu disco rígido, e determinar quais os ficheiros mais utilizados, para que os mesmos fiquem constantemente na memória desse módulo.

Cache externa
Esta tecnologia recorre aos chips de memória 3d XPoint Memory, que têm a particularidade de serem quase tão rápidos quanto a memória RAM, com a vantagem de manterem os dados, mesmo depois de desligar o computador. É, portanto, um misto de um módulo de memória RAM com uma unidade SSD, mas actua como se fosse uma unidade de memória cache externa.

A grande vantagem desta solução é dispensar a necessidade de trocar o seu disco rígido mecânico, de grande capacidade, por uma unidade SSD, já que permite acelerar todo o tipo de tarefas, seja no arranque do Windows, seja para abrir aplicações e carregar os jogos. Em certos casos, mesmo mantendo o disco rígido, quando este é usado em conjunto com um módulo Intel Optane, poderá chegar a registar tempos inferiores aos de uma unidade SSD.

Limitações e requisitos
Infelizmente, esta tecnologia só é compatível com alguns computadores, uma vez que exige a utilização de um chipset Intel da série 200 ou mais recente, bem como os chipsets mobile HM175, QM175 ou CM238 ou mais recentes. Em termos de compatibilidade com processadores, todos os modelos Intel Core i3, i5 e i7 de sétima geração (Kaby Lake) ou mais recentes estão garantidos; por outro lado, os Celeron e Pentium foram excluídos. Embora possam cumprir estes requisitos, nem todas as motherboards poderão tirar partido da Optane, seja pela BIOS (deverá confirmar no manual da mesma), seja pelas ligações disponíveis, já que é fundamental a presença de uma ligação M.2 do tipo 2280 ou 2242, ligada directamente ao chipset através de uma ligação PCIe x2 ou x4, e suporte para a norma NVMe 1.1.

Em termos de sistema operativo, a tecnologia da Intel apenas pode ser utilizada no Windows 10 de 64 bits. Se quiser usar esta solução num dispositivo portátil, prepare-se para uma redução significativa na autonomia, devido ao consumo de energia adicional do módulo Optane.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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