Alguns conselhos para passar uma drive com o Windows para outro computador

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 7 min

A compra, ou montagem, de um novo computador é sempre um momento algo excitante, até chegar à parte em que tem de passar as suas aplicações, preferências e ficheiros para a nova máquina. Tudo não seria mais simples se fosse possível pegar no disco do computador antigo e instalá-lo para a nova máquina e começar logo a trabalhar?

Em teoria é possível, mas há coisas a ter em atenção:

Com o Windows 7 o processo era complicado porque apareciam muitos conflitos de drivers, principalmente relacionados com o hardware de baixo nível, como os controladores dos discos SATA. Por isso, muitas vezes, a primeira coisa que aparecia era um ecrã azul assim que o computador arrancasse. Neste caso era sempre mais simples instalar o sistema operativo do zero.

A situação melhorou bastante com o aparecimento do Windows 8 e Windows 10, porque estes sistemas operativos conseguem lidar muito melhor com estes tipos de conflitos de drivers de hardware. Quando um disco com uma instalação do Windows existente a funcionar num PC novo, o sistema configura-se como se se tratasse de uma instalação nova, instala os drivers que necessita e, na grande maioria das vezes, arranca logo para o ‘Ambiente de Trabalho’ do sistema.

Isto não quer dizer que, eventualmente, não se depare com alguns problemas, que variam muito de PC para PC e nunca se sabe que conflitos ou problemas de desempenho ficam latentes por baixo de um sistema operativo que aparentemente está a funcionar bem.

Sempre que possível, é preferível fazer uma instalação limpa do sistema operativo, se estiver a mudar-se para um novo computador, mas se não tem tempo, nem paciência, (por exemplo se computador “morrer” de repente a meio de um trabalho) mudar o disco de um lado para o outro deve resultar.

1. Faça uma cópia de segurança completa

Antes de fazer qualquer alteração é sempre boa ideia fazer uma cópia de segurança dos seus dados. Se já usar uma ferramenta de backup está na altura de se servir dela mais uma vez.

Neste caso particular, o ideal é fazer uma clonagem de toda a drive. Isto permite que, se algo correr realmente mal, ter uma imagem completa de tudo o que tem guardado no disco que pode ser reposta facilmente. Pode experimentar fazê-lo com o Macrium Reflect.

Se a sua nova máquina tiver um tipo de disco diferente do que estava no PC antigo, por exemplo se estiver a passar de um disco mecânico de 3,5 polegadas para um computador com um SSD M.2, pode fazer uma clonagem directa e depois instalar o SSD no computador novo.

Neste caso específico terá de comprar um adaptador USB para M.2 SATA ou USB para M.2 NVMe para ligar o M.2 ao computador antigo e fazer a cópia dos dados. Investigue um pouco os tipos de drives compatíveis com o PC novo antes de comprar. Dê uma vista de olhos aqui.

2. Instale a drive no PC novo PC

Depois dos dados estarem copiados chegou a altura de instalar a drive no PC novo. Assim que estiver instalada na nova máquina ligue-a. O mais certo é o computador não conseguir encontrar a drive com o Windows que acabou de clonar. Terá de aceder ao programa de configuração do firmware (premindo a tecla F2 ou Del antes de arrancar) e indicar ao PC a drive onde está o Windows.

Assim que o fizer e reiniciar o PC, o logo do Windows deve aparecer e de seguida o sistema irá começar a substituir os drivers de hardware que tinha instalados pelos apropriados para o que está na nova máquina. A máquina pode reiniciar várias vezes.

3. Instale novos drivers e remova os antigos

O Windows deve instalar automaticamente muitos dos drivers necessários para o computador funcionar como deve ser. Principalmente se o PC estiver ligado à Internet.

No entanto, alguns drivers têm de ser instalados manualmente, principalmente porque, em muitos casos, os drivers que o Windows instala são versões genéricas que apenas servem para que o sistema consiga reconhecer e usar um determinado hardware, mas não estão optimizados nem oferecem quaisquer funcionalidades extra que esse hardware possa ter.

Isto é particularmente verdade no que se refere aos drivers dos sistemas de som, placas gráficas e algum outro hardware que esteja incluído directamente na motherboard, como controladores de armazenamento ou sensores de energia e temperatura, por exemplo.

O melhor a fazer é ir ao site do fabricante da motherboard e descarregar as últimas versões dos drivers para o seu modelo específico. Muitos fabricantes oferecem pequenos utilitários que detectam o modelo da motherboard e tratam da instalação dos drivers sem que o utilizador tenha de andar à procura. Esta é outra solução possível.

No caso das placas gráficas é preferível ir ao site da Nvidia ou da AMD (consoante o fabricante do GPU) e descarregar e instalar os drivers mais recentes que lá estiverem.

Por fim, se quiser manter o computador limpo remova os drivers do hardware gráfico que já não usa através do painel de controlo ‘Adicionar ou Remover Programas’ ou usando o programa Display Driver Uninstaller para uma limpeza mais a fundo.

Para o resto do hardware use o ‘Gestor de dispositivos’, clique em ‘Ver’, ‘Mostrar dispositivos ocultos’ e através de um clique com o botão direito do rato em cima de cada e escolhendo a opção ‘Remover’ no menu de contexto que aparece.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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