Microsoft Surface Studio 2

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

Desde o stream do lançamento do primeiro desktop da Microsoft, em que foi mostrado ao mundo pela primeira vez o Surface Studio, que tinha ganas de lhe meter as mãos. Consegui usá-lo um pouco em duas feiras a que fui, no estrangeiro, mas foi sempre de fugida e, por isso, não consegui ter uma ideia precisa da realidade do Surface Studio.

Quando ele apareceu em Portugal, pedi logo à Microsoft uma unidade para testes, o que aconteceu agora, passados uns meses.

Inspiração Apple
Empiricamente, este computador é um verdadeiro “canhão”. O arranque faz-se em poucos segundos, mesmo quando está completamente desligado. O teclado e o rato são muito confortáveis de utilizar e o sistema que permite deitar o ecrã táctil para facilitar o desenho com a caneta incluída é o sonho de qualquer ilustrador. O Surface Dial é uma peça de hardware simplesmente fantástica para ajudar a navegar pelos menus e opções mais utilizadas nos programas de desenho ou de edição de vídeo mais complexos ou mesmo só para aumentar e diminuir o som do Spotify enquanto escrevemos um email.

A qualidade de construção ultrapassa em muito a dos iMac e a Microsoft não poupou nenhum detalhe: um exemplo é a ficha que liga o cabo de energia à base até tem a mesma curvatura da parte de trás para parecer que o cabo flui de dentro da máquina. Aliás a equipa de design industrial da Microsoft foi beber muita da inspiração aos Mac, seja nos materiais (alumínio cinzento), seja na forma de o trabalhar para construir o corpo do chassis (unibody).

Desilusão nos benchmarks
Os problemas começam quando começamos a “descascá-lo” e a olhar para os componentes: o processador é um Intel Core i7 de sétima geração pensado para computadores portáteis os 32 GB de memória também não são dos mais rápidos do mercado. O sistema de armazenamento é composto por um SSD com 1 TB de capacidade, que é, quase de certeza, M.2 NVME pela velocidade de arranque que este Surface Studio demonstra. Já a gráfica tem um GPU Nvidia 1070 e 8 GB de memória RAM, o que acaba por ser bastante interessante.

A qualidade do ecrã de 28 polegadas (4500 x 3000) sensível ao toque é excelente. Tal como acontece com os tablets Surface, a caneta tem uma latência muito baixa, o que permite uma experiência de escrita e desenho muito semelhante à que se consegue com papel tradicional.

Os testes confirmam as minhas preocupações: no PCMark 10, o Surface Studio teve resultados muito fracos no cômputo geral dos computadores desktop que testámos na revista, este ano. Contudo, nos testes gráficos com o 3D Mark, este computador saiu-se muito bem, ao nível de algumas máquinas para jogar que passaram por cá.


Distribuidor: Microsoft

Site: microsoft.com

Preço: €5099 (computador + teclado + caneta), €109,99 (Surface Dial)


Benchmarks

  • PCMark 10 Geral: 4039
  • PCMARK 10 Produtividade: 3946
  • 3D Mark Fire Strike: 12347
  • 3D Mark Sky Diver: 28088

Ficha Técnica

Armazenamento: SSD de 1 TB
Ecrã: 28″ (4500 x 3000)
Memória: 32 GB (DDR4)
Placa gráfica: NVIDIA GeForce GTX 1070, 8 GB de memória GDDR5
Processador: Intel Core i7-7820HQ
Ligações: 4 x USB 3.0, leitor de cartões SD, 1 x USB-C, jack 3,5 mm, Gigabit Ethernet, Wi-Fi
Câmara frontal: 5 MP
Sistema operativo: Windows 10 Pro

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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