Drivit: uma app para ajudar a ter uma condução mais segura

Por: Mafalda Freire
Tempo de leitura: 3 min

A startup, que criou um ecossistema ligado à condução, surgiu de uma ideia de dois consultores ligados aos sectores financeiro e segurador. Segundo Gonçalo Farinha, que fundou a Drivit com Carlos Abreu, as seguradoras «têm de evoluir na sua oferta». Foi isto que fez com que os empreendedores tivessem visto uma oportunidade de negócio criando uma solução para obter dados de condução que ajudassem «a criar um seguro automóvel mais justo» em que o prémio do seguro a pagar pelo condutor «estivesse directamente relacionado com o seu perfil de condução e o seu risco de ter um acidente».

Mas ao desenvolverem a solução viram mais potencialidades. Assim, a missão da Drivit é aproximar as pessoas dos automóveis: «Ajudar a quebrar a barreira entre o carro e o resto das nossas vidas», diz o co-fundador. A ideia é «oferecer um conjunto de ferramentas que ajudem, não só a tornar a experiência de ter um carro mais personalizada e simples, mas também a ajudar a reduzir o impacto do carro no ambiente, nos espaços comuns em geral, e na melhoraria da segurança rodoviária», acrescenta.

Smartphones são fonte de informação
A solução funciona através de uma aplicação móvel que regista todas as viagens efectuadas, permite ver quais os consumos do automóvel e despesas com combustível em cada viagem e ao longo do tempo, obter parâmetros do carro de acordo com a condução e uma pontuação de segurança. A app existe para Android e a versão iOS, agora em desenvolvimento, está prevista para o início do próximo ano.

Quanto à recolha dos dados, é feita «usando os sensores presentes em qualquer smartphone (acelerómetro, giroscópio, magnetómetro, GPS)» e também com recurso ao «uso de um adaptador OBDII, uma pequena peça de hardware que se liga à porta diagnóstico do carro e que permite ter acesso imediato a informação directamente a partir do carro». Esta última opção, exige que o utilizador tenha um instalado no veículo mas a sua utilização não é obrigatória. No entanto, Gonçalo Farinha revela que a startup está à procura de novas tecnologias de medição em tempo real já que «os adaptadores OBD têm alguns inconvenientes, como o preço, a fiabilidade e, em alguns casos, a dificuldade na instalação».

Internacionalização no horizonte
«O nosso grande objectivo é que a nossa tecnologia e os nossos esforços contribuam para abrir caminho a uma mobilidade mais sustentável e um sistema segurador mais justo», revela o co-fundador da Drivit. E a estratégia a curto e médio prazo está traçada: «aumentar adopção da nossa tecnologia, quer a nível nacional, quer internacional, sustentado num maior esforço na divulgação da nossa solução, no crescimento da nossa equipa e o nosso contínuo investimento em inovação» conclui.

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Jornalista da área de tecnologia B2C e B2B. Fã de tudo o que seja tech, especialmente o que está relacionado com automóveis e mobile. Além disso é apaixonada pelo universo do Star Wars.
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