Samsung Galaxy A9

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 5 min

Claramente inspirado no Galaxy A7, o novo A9 tem detalhes que o tornam único, como o acabamento com cores originais e o sistema de quatro câmaras traseiras. A primeira coisa que se nota ao retirar da caixa é a qualidade de construção, com o corpo metálico e acabamento em vidro curvo atrás, que deixa ver um painel com uma textura que pode ter três tipos de esquemas de cor, ou Preto Caviar, Rosa Metalizado ou este Azul Boreal, o mais cativante dos três, para nós.

Nesse mesmo painel temos um sensor de impressões digitais, isolado das câmaras traseiras (ao contrário do S9 e Note 9), muito embora preferíssemos a solução utilizada no Galaxy A7, no painel lateral.

Em baixo temos uma entrada jack para os auscultadores e o único altifalante disponível que, embora seja bastante potente, está longe de oferecer a definição do som dos modelos de topo S9 e Note 9. No que respeita ao ecrã, temos um display AMOLED de 6,3 polegadas com resolução FHD+ (2220×1080) e uma câmara de 24 MP no topo, sem entalhe.

Quatro câmaras
O elemento de destaque deste terminal é o sistema de quatro câmaras traseiras, composto por um sensor principal de 24 MP (f/1.7), um de 5 MP (f/2.2) para ajuste da profundidade de campo no modo Live Focus, um de 10 MP (f/2.4 )de 52 mm para captar imagens com um zoom óptico de 2x, e um de 8 MP (f/2.4 de 12 mm) para fotografar em grande angular (120 graus).

Com esta configuração, o Galaxy A9 torna-se um dos smartphones mais versáteis do mercado, embora existam algumas limitações. O sensor principal, capaz de captar imagens de grande qualidade, mesmo à noite, peca por ter poucos ajustes no modo Pro (apenas ISO, White Balance e compensação de exposição) e por não permitir captar em modo RAW. Esta última funcionalidade poderá parecer insignificante, mas permitiria evitar a actuação exagerada do sistema de redução de ruído durante a compressão das imagens para JPG, especialmente nas imagens nocturnas.

Quanto aos restantes sensores, o de zoom merecia uma abertura maior (pelo menos f/2.0), e o de grande angular tem uma qualidade demasiado baixa em ambientes mal iluminados, sendo impossível usá-lo para gravar vídeo. É pena, pois num equipamento que aposta em tudo nas câmaras, esperávamos mais.

Desempenho de topo
De resto, enquanto smartphone, este Galaxy A9 surpreende. Ao usar o Snapdragon 660 da Qualcomm, consegue oferecer um desempenho equiparável a alguns topos de gama de 2016/2017, como o Huawei P10 ou o LG G6. Nas restantes características temos 6 GB de memória RAM, e 128 GB de armazenamento (expansível através de um cartão MicroSD, que tem a particularidade de não interferir com o segundo cartão SIM): tudo isto é faz parte de uma configuração pouco habitual para um terminal deste segmento de mercado.

Falta referir a bateria de 3800 mAh, que durou quinze horas e meia no teste de autonomia, e que tem a particularidade de ter carregamento rápido, algo que não acontece com o Galaxy A7.

Ponto Final

O Galaxy A9 é, acima de tudo, um equipamento capaz de um desempenho digno de um topo de gama. Contudo,no elemento onde mais se deveria destacar,na fotografia,fica aquém das expectativas, quando as condições não são as ideais. O preço também nos parece exagerado.

+ Acabamentos
+ Desempenho
+ Autonomia
– Câmaras limitadas

Experiência de Utilização: 5
Medições:2
Preço: 0,5
Pontuação: 7,5

Distribuidor: Samsung
Site: samsung.com/en
Preço: €599,90

Benchmarks

Antutu 3D Mark Ice Storm Unlimited PCMark8 Work PCMark8 Autonomia
142490 25 883 6368 927minutos

Características técnicas
Processador:QualcommSnapdragon660(4×2,2GHz+4x 1,8GHz)
Memória: 6GB
Armazenamento: 128GB(Expansível porMicroSD)
Câmaras:24MPf/1.7+10 MP f/2.4 + 8 MP f/2.4 +5MPf/2.2(traseira),24MPf/2.0(frontal)
Ecrã: 6,3”SuperAMOLED(2220×1080),392ppi
Bateria:3800mAh
Dimensões: 162,5x77x7,8mm
Peso: 183gr

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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