Metro Exodus

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 5 min

Em Metro Exodus, Artyom, o nosso herói, procura sobreviventes do holocausto atómico que atingiu a Rússia e mais propriamente Moscovo anos antes. Este acontecimento forçou os sobreviventes a refugiarem-se na rede de metro para fugirem à radiação e aos mutantes que, entretanto, surgiram e tomaram a cidade.

Artyom e os seus companheiros encontram um comboio que os vai levar numa viagem pela Rússia em busca de um novo sítio para viver, livre de radiação e da violência em que caiu a humanidade.

Personagens com contexto
Em Metro Exodus, a construção das personagens é feita através dos inúmeros monólogos (no caso de Anna, a mulher de Artyom) ou de diálogos entre os vários companheiros do protagonista, que o jogador pode presenciar.

Um dos aspectos que serve para dar mais contexto à história é o rádio instalado no comboio e que podemos sintonizar para ouvir as histórias de pessoas que sobreviveram ao holocausto e conseguiram refazer as suas vidas no mundo destruído. Este jogo é orgulhosamente single-player numa altura em que a regra é multi-player e ainda bem que é. A história merece.

Segundo os editores, Metro Exodus é o primeiro jogo desta série que se passa num mundo aberto. Exodus é um jogo em que existem algumas (poucas) missões secundárias que podem, ou não, ser cumpridas; mas os mapas, apesar de serem gigantescos, deixam um travo de linearidade que não se encontra noutros jogos de mundo aberto.

Tal como em Metro 2033 e Metro Last Light, também em Metro Exodus a 4A Games teve um trabalho excelente de tratamento gráfico das cenas, com o uso de modelos tridimensionais e de texturas de altíssima qualidade em, praticamente, todos os elementos, desde o cenário, até às próprias personagens, sejam elas principais ou secundárias. O som também não foi esquecido e tem um papel muito importante no desenrolar da história. Cada arma tem um som diferente que é afectado pelo ambiente.

No PC é que é
Apesar de a distribuidora nos ter enviado a versão para Xbox One, usámos a de PC para fazer esta review, porque este é o primeiro jogo a tirar real partido da nova tecnologia de RayTracing por hardware presente na mais recente geração de placas gráficas da Nvidia. As diferenças entre a versão Xbox e a versão PC não podiam ser maiores: a forma como a luz é renderizada está muito próxima da realidade: quando está escuro, fica mesmo escuro, não só para nós, mas também para os nossos inimigos. Se ligarmos todas as funcionalidades gráficas da RTX ficamos com uma obra de arte, mas é realmente necessário um PC com muita potência de processamento para se conseguir jogar confortavelmente, com frame rates decentes.

Ainda assim, é uma experiência que aconselhamos vivamente, pois, pela primeira vez, temos um jogo todo que parece uma cut-scene pré-renderizada, de tão bons que os gráficos estão. Apesar de todas estas proeza gráficas, no final do segundo mapa as mãos de Artyom desapareceram devido a um bug.

Ponto final

Mais uma vez, fica provado que, para se ter um excelente jogo, não é necessário que seja multiplayer – antes pelo contrário. A história de Metro Exodus agarra o jogador, a jogabilidade é excelente e os gráficos estão acima da média. Só é preciso ter computador para tirar partido deles.

+ História
+ Gráficos
– Alguns bugs

Gráficos: 10
Som: 10
Jogabilidade: 9
Longevidade: 8
Nota Final: 9

Editora: 4 A Games
Distribuidora: Ecoplay
Site: metrothegame.com
Disponível para: Xbox One, PS4, Windows
Preço: €69,99 (Xbox One, PS4), €59,99 (PC Windows)


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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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