Minerar debaixo de água já é possível com engenharia portuguesa

Por: Luis Vedor
Tempo de leitura: 3 min
INESC TEC/ Robô EVA

A exploração de minério em minas abandonadas e inundadas é possível graças ao desenvolvimento de um sistema robótico, que é composto fundamentalmente por um veículo de mineração subaquático de 25 toneladas, um submarino de inspecção autónomo para apoio à operação e uma barcaça de suporte à operação.

O veículo maior é um robô de 25 toneladas com capacidade de partir rocha e bombear o material extraído para a superfície de um lado e com um braço hidráulico com ferramentas intermutáveis do outro.

O mais pequeno, chamado EVA, movimenta-se em torno do local de mineração, actualizando de forma constante um mapa 3D da área e transmitindo esta cartografia ao veículo maior, de modo a auxiliar na navegação. Estes robôs foram desenvolvidos no âmbito do projecto europeu VAMOS (Viable Alternative Mine Operating System).

O robô EVA foi criado por investigadores portugueses do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), assim como todos os sistemas sensoriais que permitem a navegação e a operação do robô de 25 toneladas.

Apesar de este consórcio ser composto por 17 parceiros, pertencentes a nove países europeus, as principais instituições responsáveis pelo desenvolvimento destes robôs foram essencialmente cinco: SMD (Reino Unido), BMT (Reino Unido), DAMEN (Holanda), INESC TEC (Portugal) e SANDVIK (Alemanha).

Os dois robôs usam múltiplos sensores para a navegação, posicionamento e para observação do meio que os rodeia. Combinam assim a informação proveniente de sonares, câmaras e de um medidor a laser que permite a operação do sistema, onde quer que estejam e sob quaisquer condições de visibilidade.

Os dados recolhidos, depois de processados e combinados, são enviados para um piloto no centro de controlo, que os consegue ver exibidos num ambiente de realidade virtual. Uma versão futura pode também ser capaz de visualizar o tipo e concentrações de minério à medida que é extraído.

Esta informação é fornecida pelo sistema de classificação e avaliação de minério, feito através de espectroscopia de plasma induzido por laser, que foi também desenvolvido por investigadores do INESC TEC, mais precisamente do Centro de Fotónica Aplicada deste instituto.

Via INESC TEC.

Por: Luis Vedor
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