O datacenter submarino da Microsoft já está em funcionamento

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 2 min

Os datacenters são o lado menos bom da nossa sociedade de informação porque gastam muita energia, são quentes, são barulhentos e ocupam espaço que podia ser aproveitado para outras coisas. Para tentar dar uma solução a este problema a Microsoft lançou em 2015 o ‘Project Natick’ que tem como objectivo avaliar a viabilidade de se instalarem datacenters pré-fabricados no fundo do mar.

Este primeiro teste foi instalado ao largo das ilhas Orkney na Escócia, Reino Unido, e já está a processar informação através dos seus 864 servidores instalados em 12 bastidores. Este mini datacenter submarino usa menos de 250.000 watts de enregia eléctrica quando está a funcionar na sua capacidade máxima. Toda essa energia vem exclusivamente de fontes renováveis instaladas em terra. O datacenter tem um tamanho equivalente ao de um contentor de mercadorias e inclui todo hardware de apoio para manter os servidores a funcionar, como o sistema de arrefecimento, que, neste caso, são de muito menor dimensão por causa das baixas temperaturas do fundo do mar.

Apesar deste datacenter ter sido projectado para funcionar pelo menos cinco anos sem manutenção, durante o próximo ano a equipa do projecto vai monitorizar o desempenho do datacenter e recolher dados sobre o consumo de energia, humidade e níveis sonoros e de temperatura. Outros dados a recolher incluem os impactos ambientais que este datacenter pode ter na fauna e flora marinhas.

A lógica por trás do ‘Project Natick’ é dar resposta à crescente procura de sistema de processamento na nuvem e já que mais de metade da população mundial vive a menos de 200 km do mar que até pode ser usado para gerar energia junta-se o útil ao agradável.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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