Kaspersky Lab: Milhões de apps colocam em risco informações privadas

Por: Luis Vedor
Tempo de leitura: 3 min

Os autores usam, muitas vezes, código de terceiros para poupar tempo, reutilizando funcionalidades existentes para desenvolver partes de uma aplicação.

Por exemplo, SDKs de publicidade recolhem informações dos utilizadores para lhes apresentarem anúncios mais relevantes para os seus gostos, ajudando assim os programadores a rentabilizar os seus produtos.

Os kits enviam essas informações recolhidas para os domínios de redes de publicidade em todo o mundo, para que depois se consigam apresentar anúncios para um alvo mais específico.

A Kaspersky Lab avança que uma análise mais profunda às aplicações revelou que os dados são enviados em HTTP e sem encriptação, ou seja, estão desprotegidos na viagem até aos servidores.

Devido à ausência de encriptação, a informação pode ser interceptada por qualquer pessoa – quer através de redes Wi-Fi desprotegidas, pelo fornecedor de serviços de Internet ou através de malware num router em casa.

Além disso, as informações podem também ser modificadas, o que significa que a aplicação irá apresentar anúncios maliciosos em vez de legítimos.

Os utilizadores serão então convidados a fazer o download de uma aplicação apresentada e que nada mais é do que malware que irá colocar os seus dispositivos em risco.

Investigadores da Kaspersky Lab examinaram, numa Sandbox Android interna, os registos e o tráfego de rede de aplicações para descobrir quais aquelas que transmitem informações de utilizadores não encriptadas através de HTTP.

Foram identificados vários domínios, alguns pertencentes a conhecidas redes de publicidade. Num total de milhões de aplicações que utilizam estes SDKs, a sua maioria transmite, de forma insegura e desprotegida, pelo menos um dos seguintes dados:

  • Informação pessoal, maioritariamente o nome, idade e género do utilizador, podendo incluir, em alguns casos, o seu salário. O seu número de telefone e email podem também ser divulgados;
  • Informação do dispositivo, tal como o fornecedor, modelo, resolução de ecrã, versão do sistema e nome da aplicação;
  • Localização do dispositivo.

Os investigadores da Kaspersky Lab aconselham a verificar as permissões das aplicações, não permitir o acesso se não se compreender o motivo, e utilizar uma VPN para encriptar o tráfego de rede entre o dispositivo e os servidores.

Via Kaspersky Lab.

Por: Luis Vedor
Terra. Europa. Portugal. Lisboa. Elite: Dangerous. Blade Runner. Star Trek. Star Wars. Kraftwerk. Project Pitchfork. Joe Hisaishi. Studio Ghibli.
Exit mobile version